Todos os textos deste blog são de minha autoria, quaisquer textos, frases, ou expressões de qualquer outra pessoa, virão em itálico ou com créditos.

27 de junho de 2012

Estrela cadente.


Olha rápido. Aquele ponto de luz cruzando o céu tão célere. Contam ser uma estrela cadente e que um evento assim é raro. Por ser mais raro ainda presencia-lo, é concedido a quem o observa um pedido. Mas apenas um, então escolha bem. Eu já fiz o meu. É o mesmo que faço quando vejo horas iguais, ou quando um cílio cai. Não posso te contar, ele não se realiza se contamos. É, dizem isso também. Mas confesso que você faz parte dele. De cada pedacinho dele...

Como eu explico?.


Não sou uma vadia. Não dá para acreditar assim, né? Mas é verdade, eu nunca fiz isso com outros caras. Típico de vadia que quer bancar a boa moça, eu sei. Mas eu não soube como evitar o arrepio que percorreu meu corpo em resposta ao seu toque e entorpeceu os meus sentidos. Nossas roupas foram jogadas no chão antes que eu me desse conta. Quando percebi o rumo que as coisas estavam tomando, algo na minha cabeça gritou: “Hey, rápido demais! Rápido demais!”. Mas havia algo em seus olhos que seduzia até mesmo minha razão. Deixei de me importar se você me ligaria no dia seguinte ou se mudaria o seu número. O agora me bastava. Quem diria, nunca me fiz de momentos e aquele me dominou inteira. Seus lábios sussurraram um riso malicioso em meu ouvido e minhas unhas devolveram a carícia em suas costas. In-ten-sa-men-te. Li seus pensamentos através de seu corpo, que fez o meu dançar. “Pare!”, pediu um rastro da minha razão perdida. “Não pare!”, minha língua pronunciou um pouco antes de encontrar a sua mais uma vez. E agora ela não encontra palavras que expliquem que eu sou muito mais que uma noite. Veja só, sua mão na minha coxa foi excitante, mas viraria a minha cabeça se ela entrelaçasse a minha no cinema. Eu queria que você entendesse que a noite de ontem só aconteceu porque algo em você é especial para mim, de tal forma que quero te encontrar mais vezes na meia luz do seu quarto e na luz ofuscante do dia-a-dia.

E ai, topa?

10 de junho de 2012

Quase um ano.


"Publicar um texto é um jeito educado de dizer "me empresta seu peito porque a dor não tá cabendo só no meu."



Machuca, dói, dilacera, sufoca, despedaça. Ai você tenta fugir, mas não tem pra onde correr. O lugar que era porto-seguro se desfez. E não adianta chorar. O olho incha, as lágrimas secam e aquele buraco dentro de você continua te sugando tentando preencher o vazio. As pessoas se aproximam e dizem palavras para te consolar e você passa a sentir raiva delas. Das palavras que não ajudam quando seu maior desejo é que ajudasse. O que se faz com quem se vai, mas continua dentro de você? Como se lida com a saudade que não passa e desespera? Tem remédio pra essa dor que nasce não sei aonde e faz doer o corpo inteiro? Então a gente descobre que não tem. Falaram sobre o tempo, mas é mentira. O tempo não cura, não faz passar. O tempo passa, rápido, quase instantâneo, mas por dentro ainda dói como se tivesse acontecido ontem.

"Me cuesta abrir los ojos
y lo hago poco a poco,
pero no te encuentro cerca.
Me guardo tu recuerdo
como el mejor secreto,
que dulce fue tenerte dentro."

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