Todos os textos deste blog são de minha autoria, quaisquer textos, frases, ou expressões de qualquer outra pessoa, virão em itálico ou com créditos.

30 de abril de 2010

O primeiro.

Sinceramente? Eu não havia notado você. Por mais que minhas amigas não parassem de falar de você e de como você as fazia delirar eu ainda não havia sentido nada. A verdade é que faz pouquíssimo tempo que eu percebi sua existência. Só a notei, verdadeiramente, quando você fez meu coração vir à boca de forma tão inesperada que me tirou o fôlego. Mesmo assim, eu não acreditei que havia sido você o causador de tamanha reviravolta dentro de mim. Eu procurei um cardiologista, acredite. Não pude admitir tão rapidamente que você, um mero criador de ilusões e desilusões, pudesse me afetar tão profundamente e ainda no lugar o qual eu protejo a sete mil chaves contra males como você. Eu realmente preferiria não ter te encontrado, continuar pensando que você era somente ficção de histórias românticas. Porque agora eu não tenho saída. Não tenho mais livre-arbítrio. Vou ter que conviver com você dentro de mim, maltratando meu coração com ilusões tão duradouras quanto um belo sonho. E por mais que você venha me oferecer minutos no paraíso eu ainda vou desejar com cada partícula do meu ser não te ter em cada parte do meu coração, porque em seguida eu sei que você me cobrará caro com eternos momentos na imensidão infernal da desilusão. A mais pura verdade é esta: eu não queria ter te conhecido, amor.

26 de abril de 2010

Palavras.

Palavras. Por que devo acreditar nas suas? Palavras são meras frases quebradas, que perdem o significado quando não refletem o coração. Então me diga como posso saber se as suas são verdadeiras se quando você as transforma em atos, estes não me tocam. Ou mesmo quando você as diz seus olhos buscam outros lugares além do meu olhar e quando por fim nossos olhos se encontram eu não as vejo na imensidão negra que toma conta de sua face. Eu quero sinceridade. Não ache que ela possa me ferir, porque não pode. A verdade já é de casa, já é amante, já faz parte de mim. Só lhe peço que não me conte mentiras, pois já sei te ler. Quero um banho de palavras inocentes. Não me importa que este seja caloroso ou de congelar o coração. Diga-me apenas. Ou, se não for capaz, mais uma vez, mostre-me. Mas que seja sincero.

24 de abril de 2010

Esse sentimento que há entre nós.

Eu não sei por onde começar, porque o que temos não tem começo exato. Você sugeriria a data vinte e cinco naquela noite inesquecível, mas creio inteiramente que começou antes. Porque é desta forma que me sinto quando olho em teus olhos, que nos conhecemos de longa data, de outras vidas. Que outra explicação há para um sentimento tão intenso que nos envolve? Uma vida seria pouco demais para cultivá-lo e se não fosse, os quase três anos que temos ou mesmo aquele segundo em que nossos olhos se cruzaram, seriam. Pois é desde lá este sentimento. E ninguém o entende, além de nós. É tão único que eu nunca li, ouvi ou vi algo que chegasse perto de caracterizar um terço se quer. E mesmo assim quando algo sobre amor chega à mim eu lembro de você. Talvez por ser dito inexplicável seja o que passe menos longe do que há entre nós. Então, lembro de ti em cada música, filme e história. Freqüentemente. Ah, eu queria que palavras fossem o suficiente para explicar o quanto há de você em mim. Explicar a simplicidade e a beleza dessa imensidão de sentimento. Mas tudo se complica quando convertemos em palavras, fica difícil de expressar. Peço-te, então, que deixe para lá minhas tolas palavras e repare somente nos meus gestos, que puros e sinceros tentam expressar em um todo, todo esse sentimento que há entre nós.

22 de abril de 2010

Novo amor.

Era tudo tão novo e ao mesmo tempo familiar. Aquela ansiedade do reencontro e a insegurança do que estaria por vir. Ela relembrava cada momento e se culpava por cada palavra idiota dita. “Tanta coisa para dizer, por que eu fui dizer isso?”. Mas não demorava muito para se desmanchar em sorrisos ao se lembrar das palavras dele ou daquele sorriso que lhe tirou o fôlego. Então revivia as lembranças mais uma vez, para prolongar aquele friozinho na barriga que cada toque dele trazia. Ensaiou mais de mil vezes em frente ao espelho o que falar. Trocou de roupa mais outras tantas mil – sabendo que diria que pegou a primeira que viu – apenas para que ele a elogia-se. Por mais que ela nunca fosse admitir ela sabia que quando se tratava dele ela perdia o chão. Ela que sempre foi tão segura, a conselheira das amigas, a expert em matéria de conquistas se encontrava com as mãos molhadas e com centenas de borboletas no estômago. Ela ainda não sabia como nomear essa explosão de sentimentos que fazia seu coração disparar quando ele se aproximava, mas sabia que era especial demais para deixar passar.

Príncipe.

Hoje eu me lembrei de quando éramos crianças, brincávamos e riamos juntos. Power Rangers e corridas de patinete. É eu lembro. Ri sozinha por um tempo e depois chorei. Os momentos simples são maravilhosos, e os momentos maravilhosos sempre deixam saudades. Você era meu herói. Eu admirava você com seus movimentos de lutas tão iguais aos dos desenhos e a sua velocidade inalcançável nas corridas no quintal na vovó. E o seu aparelho que mudava de cor toda semana. E como você era mais velho e podia fazer as coisas que eu ainda não podia. Eu adorava quando você me defendia dos outros e quando você pegava o sorvete de flocos escondido e me dava. E quando eu ia dormir na sua casa e brincávamos até tarde. E quando você vinha para minha e me ensinava a mexer no bate-papo. Eu odiei quando você passou por um momento difícil e eu era nova demais para saber o que falar, mas mesmo assim fiquei lá perto de você quieta, mas atenta caso você caísse e eu precisasse te socorrer. Eu tive medo quando brincando com você eu escorreguei, me machuquei e fui levada para o hospital. Mas não tive medo pelo que ia acontecer comigo, mas sim ao que poderia acontecer com você se pensassem que a culpa era sua. A gente cresceu e a diferença de idade se fez grande com o tempo e nos distanciamos. E hoje eu só sinto saudade. Saudade de cada momento. Saudade de você. Eu me lembrei disso tudo hoje e senti vontade de te dizer que você não foi meu príncipe de quinze anos, mas você sempre vai ser o príncipe da minha vida.

A ponte.

Ela havia acordado após um pesadelo naquele dia e não demorou muito ao descobrir que era sua realidade. Ele não estaria lá para abraçá-la ou para sorri levando o resto do mundo embora. Mas ela tentou ignorar a dor e engolir os sentimentos que ainda estavam em cada parte de seu corpo. Enfrentou mais um dia, no automático, sem nada sentir verdadeiramente, com medo de despertar outros sentimentos. No trabalho quando o café a queimou a língua não sentiu, ou já estava anestesiada ou a dor era pequena demais para ser considerada. No fim do expediente ela pegou o carro e seguiu o mesmo caminho de volta para casa. Mas ela sabia que quando chegasse não haveria ninguém além da solidão. Ela parou na metade e sentou-se onde a placa dizia para não sentar. Ela sentiu o vento nos seus longos cabelos ruivos e pela primeira vez desde o fim ela apenas deixou acontecer. “O que eu não daria agora por uma palavra sua?” ela pensou. Ela deixou tudo escapar. A dor. As lágrimas. A raiva. E o amor. As pessoas olhavam assustadas, certamente pensando que ela iria pular. Mas porque ela não pularia? Sua vida agora não passava de cacos e lembranças mal remendadas do que um dia havia sido felicidade. Ela havia entregado o coração na esperança de receber outro em troca, mas acabou ficando sem nenhum. Ele a deixou, sem pensar nos seus sentimentos, num ato puramente egocêntrico, num momento de sofrimento particular. Ele havia pulado, por que agora ela não pularia?

21 de abril de 2010

Olhos castanhos.

Ela não conseguia desviar os pensamentos dos olhos castanhos. Havia mil e um pensamentos possíveis, mas a sua mente só se focava na imensidão castanha daquele olhar. Quando ela fechava os olhos ela conseguia reviver cada momento, cada detalhe. Quando seus olhos se prenderam naqueles olhos castanhos e tudo a sua volta se fez inexistente. Cada lembrança vívida a trazia à boca o coração num pulsar desigual. Era tão inigualável que a fazia querer ficar de olhos fechados para sempre. Nos lábios ela mantinha um sorriso delicioso e na mente os olhos castanhos intensos, profundos que expressavam um mistério, no mínino, encantador.

19 de abril de 2010

Caçadores de água-viva.

Era uma tarde na praia. Não havia muitas pessoas, só quem importava se fez presente. Alguns não eram dali. E outros eram de perto. Mas nada disso importava. O mar estava manso. A areia estava quentinha. O sol brilhava. Mas nada disso importava. Eles riam. Divertiam-se. Permitiam-se brincar. Mas nada disso importava. As águas-vivas estavam mortas. Havia muitas. Elas os fizeram sorrir. Mas nada disso importa. O que realmente importava era que eles estavam juntos, por querer estar. Era que eles tinham um sorriso no olhar. E principalmente era que o momento um dia seria esquecido, mas o sentimento iria ficar.

ps: dedico ao Matheus Vieira e a todos que estavam presente. ( viu?! eu disse que iria criar um blog e contar a nossa história.)

Por muito tempo.

Por muito tempo o silêncio consumiu as minhas palavras que eram suas. Por muito tempo fingi esquecer que você passou pela minha vida. Por muito tempo engoli cada sentimento que me lembrasse você, como se eles não existissem. Por muito tempo guardei a chuva da minha alma que me inundava por dentro, para que não molhasse minha face e assim não deixasse transparecer os sentimentos destruidores. Afinal, aquilo não deveria paralisar a minha vida, tampouco a sua. Por muito tempo seguimos com nossas vidas, cada um com suas lembranças, escondidas propositalmente. Mas a vida sempre traz de volta o que deve ser vivido. A hora não foi a melhor, certamente com um atraso imperdoável. O estrago havia sido grande, por mais que tenha sido sem querer. As palavras saíram por entre os lábios, levou com elas os sentimentos sufocados e a chuva guardada. Houve raiva, houve rancor e houve amor. Houve perdão. Palavras minhas se misturaram com palavras suas. Houve entendimento. O tempo não havia se atrasado, havia demorado o tempo suficiente. Mas o melhor que podemos tirar disso tudo é que o “por muito tempo” acabou.

17 de abril de 2010

Telefone.

Sento-me ao lado dele e espero. Olho para ele fixamente, mas o silêncio que envolve o momento quase me mata. Desvio o olhar para o relógio e o ponteiro se arrasta lentamente entre os números. Mordisco meu lábio inferior e suspiro. Tento não olhar para ele. Finjo que não estou nem ai, mas por dentro a ausência de som presente em cada segundo me corrói. Respiro fundo tentando manter o controle. Olho pro teto. Deito na cama desanimada, sem mais esperanças, e fecho os olhos. Ele enfim se pronuncia. O seu “Trim Trim” me traz borboletas ao estômago. Respiro e me recomponho e por fim vou atendê-lo. A ansiedade por ouvir aquela voz me traz o coração à boca, mas rapidamente tudo se esvai. A voz que chega aos meus ouvidos não era a esperada. Minha mente se expande em mil pensamentos frustrantes e antes que a voz conclua o seu objetivo de me desiludir eu digo: “Não, eu não quero um cartão de crédito.Obrigada”

Amor.

a maior riqueza desta vida, um bem espiritual cujo valor está acima de todos os bens que se possa ter, e que, quando verdadeiro, jamais acaba. O amor cultiva o amor, o amor faz o amor aumentar, atravessa crises, sobe acima das mais altas montanhas, desce às maiores profundezas da alma, percorre de novo as trilhas já percorridas com a graça do perdão e avança por novos caminhos com a luz da esperança. Amor é sentir falta mesmo que a ausência seja pequena, é desejar o abraço, o beijo, o corpo, é querer mais, sempre muito mais. Amor é partilhar, amor é fazer parte, amor é olhar o futuro com esperança, amor é esperar com ansiedade o momento de voltarem a estar juntos, é partilhar opiniões, é fazer projetos juntos, é discordar, mas respeitar, é decidir em conjunto um sem fim de coisas básicas e até banais… É ter consciência de que nem sempre tudo será um mar de rosas, mas mesmo assim não desanimar, acreditar sempre! E é investir constantemente. É entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. É sentir-se bem ao ver o outro demonstrar alegria. O amor é capaz de te levar ao infinito desconhecido, de te mostrar prazeres antes jamais experimentados. É olhar nos olhos e sentir o que nenhuma palavra é capaz de descrever.

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