"Mesmo depois de conhecer vários e novos sorrisos, o dela ainda é o meu preferido"
Eu tenho pensado muito nela. Não sei se isso se deve ao fato de tê-la encontrado há alguns dias ou por nunca tê-la esquecido. Sim, meu mundo deu muitas voltas e é fato que nesse tempo de quilômetros as distrações tenham feito muito bem sua função, entretanto não importa quantos giros a vida dê ou o quanto a visão turva ocasionada pelos mesmos me afaste brevemente dela, sempre retorno ao mesmo lugar. Com o amanhecer dos amores-distração é o gosto dela que me toma os lábios em saudade, e a vodka há muito tenta provar que independente da minha persistência nenhum sabor sobreporá o que ela gravou em mim, nem mesmo o salgado que em seguida foge pelos olhos. Embora eu já soubesse, somente agora eu tenho aceitado que ela tenha ido e ao mesmo tempo permanecido, em mim. Encontro-a em tudo e todos. Nas lembranças de travesseiro em noites, nos dias que tenho vontade de levar aos ouvidos dela, nos sonhos que quando com ela tive e que agora sem ela tornaram-se tê-la, no verso daquela música, no olhar de outra que não brilha tanto quanto, nos risos muitos que não sabem me fazer rir como. E nesses dias de aceitação, depois de ter lamentado os muitos erros e me arrependido de tantos feitos, me tomou essa vontade de mudar. Querer corrigir os meus defeitos e aprimorar os meus detalhes falhos. Querer ser melhor. Por ela, para ela. Para fazê-la sentir também esse misto contraditório que acelera meu peito toda vez que a vejo sorrir.