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16 de novembro de 2011

Sorte.



Não sou nem nunca fui dessas que buscam incansavelmente viver um amor acreditando na felicidade exposta nas histórias hollywoodianas. Acreditava mesmo era na minha sorte por ter escapado da monstruosidade de se apaixonar. Qual a finalidade de cultivar carinho por um desconhecido? Poupa tempo, trabalho e dedicação dar um tiro em si mesmo. No final as duas coisas doerão da mesma forma e deixarão similar cicatriz. Sendo assim sempre dei preferência aos amores dos quais eu decidia o prazo de validade. Uma noite, uma semana, se soubesse afastar o tédio na cama meu interesse se prolongava até um mês. Sexo sem sentimento é mais simples, mais fácil. Eu acreditava. Até conhecer você e descobrir o quão é melhor fazer amor. E lá se foi toda a minha praticidade. Agora tem essa saudade, o abrir da geladeira e pensar em você, uma gaveta de roupas suas na cômoda do meu quarto e esse sorriso idiota no meu rosto sempre que você aparece no olho mágico da minha porta. Quem diria que eu trocaria alguma balada em cima de um salto quinze por uma noite enrolada no edredom assistindo um filme qualquer? Não eu. Mas se hoje você aparecer com aqueles morangos cobertos de chocolate e um DVD não tenho dúvidas que escolheria você. Descobri que eu estava errada o tempo todo. A certeza do não sofrer ao manter o coração intacto não vale os tantos sorrisos quando este é balançado. Tudo bem que a gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar, mas não é justo com você mesmo ignorar os outros 50% de chance de felicidade. É tudo muito clichê, mas não dá para fugir do piegas quando se depara com o amor. Eu me apaixonei e retifico-me, foi a minha maior sorte.

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