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17 de abril de 2010

Telefone.

Sento-me ao lado dele e espero. Olho para ele fixamente, mas o silêncio que envolve o momento quase me mata. Desvio o olhar para o relógio e o ponteiro se arrasta lentamente entre os números. Mordisco meu lábio inferior e suspiro. Tento não olhar para ele. Finjo que não estou nem ai, mas por dentro a ausência de som presente em cada segundo me corrói. Respiro fundo tentando manter o controle. Olho pro teto. Deito na cama desanimada, sem mais esperanças, e fecho os olhos. Ele enfim se pronuncia. O seu “Trim Trim” me traz borboletas ao estômago. Respiro e me recomponho e por fim vou atendê-lo. A ansiedade por ouvir aquela voz me traz o coração à boca, mas rapidamente tudo se esvai. A voz que chega aos meus ouvidos não era a esperada. Minha mente se expande em mil pensamentos frustrantes e antes que a voz conclua o seu objetivo de me desiludir eu digo: “Não, eu não quero um cartão de crédito.Obrigada”

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