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10 de abril de 2011

O melhor.


“E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar.” (Tati Bernardi)

Acredito que assim é melhor. Guardo as saudades num canto do peito já que não consigo jogá-las fora e abro a geladeira como se fosse encontrar lá dentro algo que afastasse o você que há tanto faz morada em mim, ou até mesmo você fora de mim entre a garrafa de coca-cola e a de água dizendo que não vai embora só porque eu disse que seria melhor. É o melhor, mas não é o que eu queria. Num impulso quando a razão se distrai eu digito seu número no visor do meu celular e apago quando a cabeça se dá conta das conseqüências que viriam ao ouvir sua voz, ao você ouvir a minha. Não te queria longe, mas você disse não saber ficar perto quando não seria tão perto quanto o que queríamos e não podíamos. Então ocupo a mente com dias cheios, mas acabo te encontrando vagando meus sonhos em noites vazias. Acordo procurando o abraço que você levou embora e a sua luz azul que me iluminava, mas tua ausência dormindo ao meu lado desperta melancolia. Questiono-me porque a falta transborda pelos olhos se foi o melhor. Repito para o escuro que foi o melhor, é o melhor, enquanto o peito sussurra que esse melhor seja ao contrário.

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