“É triste quando pessoas que você conhece
se tornam pessoas que você conhecia”
Cacos de ilusão espalham-se pelo chão e uma foto no porta-retrato guarda uma imagem que não reconheço mais. Sorriso inventivo registrado num papel emoldurado, questiono enquanto me perco entre o que seria falso e real. As palavras que atravessaram seus lábios roubam-me a mente em medo. A facilidade de vestir mentiras em atos e palavras assusta. Torna difícil, quase, se não totalmente, impossível a inocência, a fé. E sendo assim, sem muito que fazer, sem haver no que acreditar, as mãos se abrem e permitem que tudo o vento venha levar. Linha tênue tantas vezes é do que se faz o falso-real, arrebenta-se com os leves assopros do tempo. E aquele que existia, ainda que em ilusão, ia se desmanchando pelo ar.
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