- O que foi?
Enquanto minha face ia ganhando cor rosa - timidez, eu te sorri. A luz dos seus olhos estavam me invadindo com aquela sua forma ímpar, inaceitável. Desviei o olhar tentando evitar que lesse minha alma e encontrasse em cada parte de mim você, seus detalhes, amor. As borboletas agitavam-se de forma incontrolável ao cogitar que descobrisse a intensidade de todo esses sentimentos que há tanto vêm sendo pulsado para todo o corpo. Era medo da entrega, mesmo já estando entregue sem saber.
- Nada. E que quando você me olha assim... Eu fico com vergonha.
- Vergonha de mim?
(Não, mas é claro que não. Você já me conhece há tanto. Minhas lágrimas e sorrisos já foram seus tantas vezes. Seus sonhos já foram meus outras tantas. Como poderia ter vergonha de você? O que eu sinto mesmo é receio de te contar os segredos do meu peito, os que se ligam diretamente a ti, pois os outros, você já conhece, já acolheu. O que eu sinto mesmo é amor que não sei explicar, que em silêncio me torna tua e em voz alta se esconde nas entrelinhas, na minha timidez.)
- Ah, sei lá.
- Não precisa ter vergonha de mim, você sabe né?!
E você me puxou para um abraço e ali todo o amor foi entregue, mesmo sem querer.
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