Eu continuo viva. Embora cada parte de mim doa e a cicatriz no peito queime. Minha respiração não cessou. Embora o ar que invade o pulmão corroa e o sangue que corre pela veia seja similar a veneno. Os meus olhos ainda se abrem pela manhã. Ainda que não aja luz e como na noite me encontre perdida. As palavras atravessam os lábios. Mesmo que o nó na minha garganta pareça me sufocar. Os pés ainda caminham. Embora o caminho circular não me leva a lugar algum e permaneça tudo igual. O automático abandonou os movimentos. Mesmo que reinventar novas ações não altere as antigas. O coração ainda pulsa. Ainda que fira levar o sentimento incessante a todo o corpo. E eu continuo viva, embora a dor aparente me matar. Eu continuo viva.
"Não importa o quão ruim eu me sinta,
meu coração não para de bater e meus olhos se abrem pela manhã."
(Preciosa)
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