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24 de dezembro de 2010

Quando você não vem.

“Porque se você não vem é como se o tempo fosse passado em branco, como se as coisas não chegassem a se cumprir porque você não soube delas. (...) E se você vem. fica tudo maior, mais amplo, sei lá mas é como se eu existisse dum jeito mais completo, compreende?” (Caio F. Abreu)


O dia torna-se sem graça, o sol se esquece de aquecer e a noite, banhada por lembranças nossas, mantém o sono distante impedindo que mesmo em sonhos possa te encontrar. Minhas ações seguem uma rotina automática interrompida apenas pelo pulsar desigual do peito a cada SMS da operadora ao destruir a ilusão de ser um ‘eu te amo’ seu. O desejo de te ter ao meu lado, com aquele abraço do tamanho exato, o sorriso que me rouba o ar, as palavras ao pé do ouvido e os seus olhos desvendando os meus, vai se tornando saudades que não cabem, que transbordam. Pelos cantos eu vou me encontrando com suspiros muitos e sorrisos bobos ao lembrar você. E em cada música com palavras românticas o peito vai comprimindo, ouvindo em memória o seu timbre a cada palavra de amor. Vou seguindo os dias assim, sem encontrar palavras para expressar esse sentimento urgente que te busca em cada parte do dia e lembrando você em segundos tantos que só posso acreditar que durante o dia todo não houve nenhum momento que minha mente tenha se perdido de ti. Resumo-me, então, em um desejo único de estar envolvida no seu abraço, outra vez, te sussurrando: ‘quantas saudades, amor’.

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