“Yo tan cerca de ti
Tú tan lejos de aquí” (Thalía)
Você estava lá ao meu lado, segurando a minha mão, e então eu percebi que saudade não é física. Tantas vezes eu desejei sua presença, seu abraço, e não era o ato físico que se fazia necessário. E ali, enquanto você estava ao meu lado e eu olhava para nossos dedos entrelaçados, eu percebi. A ausência que me corroia na extensão de tempo que ficamos sem nos ver era a mesma que me corroia naquele exato momento em que você estava do meu lado. Embora fosse inegável fisicamente que você estivesse ali, eu não te sentia. Como se você tivesse passado comigo muitos dias de muitos anos e aquele fosse apenas mais um, já vazio, não necessário. Enquanto eu buscava em você algum detalhe, uma expressão, que se assemelhasse a toda aquela saudade que estava me corroendo. Saudade esta, que não buscava seus braços em um abraço, e sim a sua alma envolvendo a minha, que buscava carinho e mimos em resposta ao tempo em que estes foram ausentes. Entretanto eu só encontrei você distante, alheio. Você estava ali, mas mesmo assim não estava.
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