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15 de dezembro de 2010

Decifrar-te.


Trago seus detalhes à mente, seus atos e palavras em lembranças que dançam entre meus pensamentos, não há outra conclusão. Você me é tão indecifrável. Em certos dias me trás rosas em palavras, sorriso na voz e aquele sentimento similar ao que abriga meu peito no timbre que me envolve, eleva. Em outros me trás palavras que se limitam as mesmas, meio gélidas, meio duras, sem mais. Encontro-me tantas vezes no meio de tal bipolaridade, perdida entre tentativas de entender, de decifrar-te e ler as entrelinhas. E quando minha mente se convence de que tenha começado a desvendar-te, você surge com novos traços e características singulares, que unicamente trabalham para confundir-me os sentidos, os sentimentos. Toda essa confusão e busca por meios de ler seus reais desejos levam-me ao cansaço, a exaustão. Eu me encontro aqui, toda sua, em linhas e entrelinhas, enquanto te vejo coberto por mistérios e enigmas indecifráveis que acompanham reticências ao invés do ponto que tanto procuro. Eu só queria mesmo saber o que você quer. Se você vem ou se você vai. Se você quer ficar.

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