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18 de fevereiro de 2011

Certas coisas certas.

No começo você não faz idéia das proporções que as coisas podem ganhar e se iludi ao acreditar que serão como tantas outras, perdida na memória. Entretanto os detalhes que, equivocadamente, você diz terem passado despercebidos lhe roubam os pensamentos em vezes crescentes quando você repara que o céu esta mais azul ou o travesseiro não te traz o sono costumeiro. Você ignora como se fossem comuns os flashes daquele olhar ou daquele sorriso encantador e tenta desligar os pensamentos com mentiras vãs. Então a noite passa, você acorda, toma um banho gelado, segue a rotina diária e percebe que os resquícios dos últimos dias ficaram em você, os mesmos que irão invadir seus pensamentos o resto da semana. Aconteceu, você se dá conta. Entretanto mantém aquela máscara de está-tudo-igual por fora. Demorou tão pouco tempo que não deve ser verdade, você mente para o espelho. Mas o desejo dentro aumenta, ganha forma, seus dedos procuram um nome no celular e quase pressionam o botão verde convidativo. E o pensamento insiste em lembranças, não vai embora. Você acha estranho essas coisas começarem pequenas, com uma troca de olhares, e de repente ficarem gravadas em sua retina, vistas em cada lugar para o qual você olha. Questiona, tenta entender o que realmente aconteceu e encontra mil perguntas e nenhuma resposta. Mas você não entende, ainda, que certas coisas são assim: tão certas que as explicações se esvaem.

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