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2 de maio de 2010

Inércia.

Eu me deitei. Na areia quentinha de uma praia qualquer. Na beirinha do mar, onde pequenas ondas alcançavam os meus pés. Olhei pro céu e deixei meus pensamentos escaparem por entre as nuvens de algodão. Eu senti a chuva da alma percorrer o meu rosto e não a impedi. Era a primeira vez depois de tanto tempo que ela não me machucava. Não, eu não estava anestesiada após tanta dor. Ela não me feria simplesmente porque esta era de felicidade. Vinha acompanhada por um sorriso que me tomava a face. Eu gargalhei e foi maravilhoso ouvir esse som que se fez ausente por tanto tempo. Eu quis congelar o momento e o sentimento. Era assim que eu me sentia diante de tanta alegria. Com uma vontade insaciável de vivê-la eternamente. A vibe positiva se propagava no ar e nada parecia capaz de me tirar desse estado de inércia que é estar feliz.

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