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2 de maio de 2010

Solidão.

O silêncio consume a minha paz, aquela que só você trazia com a sua vozearia. E os meus dedos, tão solitários, sentem falta dos seus que os acolhiam ao segurar a minha mão. A chuva não cessa e o vazio toma conta de cada centímetro quadrado desse corpo, antes uma pessoa com você. O timbre da sua voz nunca foi tão desejado pelos meus ouvidos ou a luz do seu sorriso pelos meus olhos, agora perdidos na escuridão. O pôr-do-sol já não me tranqüiliza mais, apenas traz lembranças de como era lindo assistido ao seu lado. Então eu vou vagar pelas ruas até o amanhecer. Procurarei em cada esquina uma migalha que seja de distração. Porque por mais que eu abra a geladeira nessa madrugada fria, eu não encontro você.

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