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22 de maio de 2010

Parar de respirar.

Lá fora a chuva cai sem cessar e aqui dentro, de mim, ela insiste em permanecer em igual intensidade. A noite se encontra mais escura que nunca, as estrelas se apagaram para os meus olhos. Mas eu me agarro às minhas falsas verdades, de que tudo logo irá passar. Então eu apenas tento esquecer, te esquecer. E é tão difícil, pois você não é uma frase no meu caderno que eu possa apagar, você é apenas a inspiração que as fez surgir. Não deveria ser tão doloroso assim, afinal sempre foi unilateral. Contudo abrir mão desse amor é o mesmo que parar de respirar, pois a verdade é que você se fez meu oxigênio. Mas eu vou parar de respirar, por mais que me mate, eu sei que o meu limite é este. E quando você for me ver, você vai me ver sorrindo. E será sempre assim. Entretanto eu sei que por trás de cada sorriso meu há uma infinita dor, que nem mesmo as lágrimas são capazes de expressar.

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