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30 de outubro de 2010

Marcas da luz.

Embora o sol da manhã invadisse as janelas do meu quarto, ele nunca conseguia me invadir. E os dias se passavam tão escuros quanto à noite que me envolvia em solidão fria, que já amiga não doía mais. Entretanto entre as esquinas negras eu encontrei tua luz. Mas fechei os olhos por medo. Já fazia tempo que a luz se ausentara que o medo de tê-la me corroia o peito. Pois se a tivesse poderia perdê-la outra vez, e tão dilacerado o meu peito não agüentaria outra queda, outra marca. Segui com as pálpebras deitadas, sem permitir que meus olhos buscassem a ti. Mas você já havia feito morada entre os abismos que ocupavam o meu peito e mesmo com os olhos fechados vi luz. A tua que sem permissão havia me invadido. E sempre que me encontrava ao seu lado as marcas no meu peito desapareciam e a entrega era quase impossível de não se concretizar. Então a razão me perguntou se não foi assim que as marcas haviam aparecido.

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