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28 de outubro de 2010

Quando o amor se divide em dois caminhos.

Ela: Eu o encontrei ao acaso na rua. Ele estava tão lindo como minhas lembranças o guardavam. Mentira. Estava ainda mais. Ele tinha um brilho no olhar. Com certeza devia estar feliz agora. Perguntei como ia a vida dele e ele sorriu. Eu não sorri em resposta, embora os olhos já estivessem sorrindo desde que o avistei. Ele perguntou como eu estava e respondi que bem. Então ele perguntou se eu guardava lembranças e eu dei de ombros. Falei para ele que tinha um compromisso e voltei para casa. Eu chorei. Compulsivamente, eu chorei. Por mais que as mentiras tivessem invertido minhas palavras a partir do momento em que disse que estava bem, elas não conseguiam inverter o que eu sentia cá dentro do peito. Eu não estava bem, estava vazia, sem pulsar desde quando ele se foi. E as lembranças... estas o traziam para mim a cada segundo. Meu Deus, como eu ainda o amava.


Ele: Dessa vez eu a encontrei na rua. Na milésima vez que passava por esta torcendo para a encontrar. Ela estava mais bela que nunca. Meus olhos brilharam, como se eu estivesse diante de estrelas, diante da vida. Ela era vida. Ela perguntou algo que eu não ouvi. Meus pensamentos se focavam unicamente nela, na felicidade que sua presença trazia. Eu sorri inevitavelmente. Perguntei como estava e ela respondeu que bem. Fiquei feliz por ela, embora morresse vendo que longe de mim ela ainda ficasse bem ao contrário do caos que minha vida havia se tornado. Perguntei sobre as lembranças, com esperança tênue dela me ter em pensamentos mesmo que vez enquanto. Ela deu de ombros, disse que tinha compromisso e se foi. Mais uma vez. Voltei para casa e chorei. Compulsivamente, eu chorei. Eu a havia perdido. E meu Deus, como eu ainda a amava.

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