E a escuridão da noite se fazia luz diante do abismo que habitava seu peito. Já não havia mais felicidade, amor, saudade, raiva ou dor. Esvaiu-se a muito dos mesmos, de tudo. O que restara fora a ausência. Via-se vazia, oca. Sem lágrimas, sem sorrisos. Sem sentir. E quando não se sente o que resta? Era morte em vida, segundos eternos num sentir ausente que consome, que mata aos poucos o que a muito já se encontra morto.
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