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19 de agosto de 2010

Amor bandido.

Já faz tempo que todos os desejos que habitam meu ser se resumem a você e a este sentimento insaciável que me roubou o peito. Meu coração enlouquece num pulsar acelerado quando escuta seu nome, sua voz ou qualquer coisa que se relacione a você. E quando estás por perto perco o controle sobre palavras, atos e o coração comanda o ritmo que nos embala. Entretanto tal perca de controle traz conflitos internos quando a razão grita com o coração ferido no dia seguinte perante o telefone que se faz mudo. Vem aquela indiferença, vazio intenso que traz consigo uma dor imensa. É um vício a mente afirma. Quando seu olhar não está perto para alimentar as ilusões o corpo sofre abstinência de solidão profunda, que machuca e dilacera. Um vazio que engole os sentimentos e vontades como um buraco negro. Deixa-me sem saídas, sem alternativas. Amar-te foi lindo, foi bom, entretanto não saciava além das linhas de um coração iludido. Sendo assim devo-lhe dizer que mesmo doendo-me no peito abandono, ou tento, esse amor bandido.

Adeus.

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