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22 de agosto de 2010

De certa forma, ele traz vida.

Então ele me sorriu com ar de veludo me roubando o fôlego. Seria loucura tentar evitar. Sorri em resposta automática. Ele causava isso em mim, felicidade de graça, nascente em cada parte do corpo. Conversamos várias voltas do ponteiro menor. Ele segurando meu olhar levou-me por aí. Entre céus azuis e arco-íris-alegria, palavras que expeliam vida. Era como se uma eternidade tivesse passado desde o último encontro, fazia-me gravar cada instante. No fim, anterior a mais uma partida que minha alma desejava ser breve, eu dei a volta ao mundo, num segundo que se eternizava em lembranças do peito, quando um último abraço ele me deu. Senti a distância de cada passo que ele dava, ao se aproximar do fim da rua, trazer um gosto de quero mais aos lábios, um desejo interminável de um segundo a mais imersa no sorriso dele. Entretanto ao ver sua imagem sumir na noite me satisfiz com o sorriso que ele deixou gravado no meu rosto.
"O sentimento do irreparável gelou-me de novo.
E eu compreendi que não podia suportar
a idéia de nunca mais escutar esse riso.
Ele era para mim como uma fonte no deserto".
(O Pequeno Príncipe)

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