E como tudo que é novo, que nos enche de incerteza, faz-nos caminhar lentamente, ficar próximo à porta caso algo nos pegue de surpresa e seja necessário fugir, aquele sentimento a trazia inseguranças, medo de ir longe de mais e não saber como voltar. Agia de forma que retroceder fosse sempre uma opção. Sempre com metades. Com receio. E aquele sentimento com tamanho infinito e felicidade desigual se via limitado, preso entre linhas reforçadas com temores capazes de segurá-lo em momentos de intensidade inigualável. Nunca se encontrava em totalidade, apenas em fragmentos que mal fazem sorrir e chorar. Sendo assim, ela nunca pode dizer eu te amo, pois por mais que o amor se abrigasse em cada parte de seu corpo ele se via proibido de se manifestar como tal. Não se ama pela metade, não se ama pouco. Ela possuía o maior amor já sentido, mesmo assim não amava. Não se permitia amar.
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário