Eles eram completamente diferentes. Avessos. Opostos em cada traço, físico e psicológico. Ele loiro, olhos azuis, alto, errado. Ela morena, olhos negros, baixa, certa. O estilo de música de um sendo rock e o do outro reggae. O gosto para filme ação contra romance. Um apaixonado por animais e o outro alérgico. Madrugada em shows e tarde em casa. Comida picante e comida sem sal. Verão e inverno. Calar e falar. Sorrir e chorar. Racionalizar e sentir. Tão opostos, tão díspares, que se encaixavam como quebra-cabeça. Sintonia, química perfeita. Daquelas que tiram o ar, eleva a mente, rouba o controle corporal e vira de ponta cabeça o emocional. Coisa de louco: loucura, diziam por aí. Mas eles entendiam, sentiam. Era perfeito e ímpar, da maneira deles.
Num abraço, num momento qualquer, eles extinguiam a disparidade e se tornavam um. Achavam o similar na forma de amar.
Bastava.
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