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31 de julho de 2010

Anulação da razão.

Suas palavras me trouxeram cócegas aos lábios e sem sucesso tentei prender um riso. A conversa era séria, mas se tornava impossível não sorrir ao ver tamanha beleza. Então, me perdi naqueles olhos cor de mar e as palavras ecoaram ao longe como um zumbido, tudo se desfez. Era amor, não era? As borboletas faziam festa dentro de mim tirando meus pés do chão. Eu perdi a razão. Senti a felicidade percorrer minhas veias em velocidade sem igual, pelo simples fato de sentir a respiração dele. O coração acelerou sem razão aparente enquanto ele sorria para mim. Minha mente partiu em mil direções e se focou inteiramente nele. Os meus lábios eram atraídos com intensidade incomparável. Era como se o resto do mundo jamais tivesse existido. Passado e futuro se perdiam ao encontrar com o presente. Já não se tratava mais de razão, palavras ou momentos. Era sentimento incoerente, voraz. Era amor.

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