Todos os textos deste blog são de minha autoria, quaisquer textos, frases, ou expressões de qualquer outra pessoa, virão em itálico ou com créditos.

25 de maio de 2010

Saudade.

Eu nunca imaginei que podia me sentir assim, que tal sentimento fosse capaz de se propagar em forma de dor por toda a minha alma até se tornar físico. Que os dias se transformariam em anos ao me encontrar com a sua ausência. Que o meu coração se despedaçaria em mil pedaços, que sentiriam a sua falta a cada pulsar. Cada coisa que eu faço, por mais que pequenas, levam o meu pensamento até você. E este vazio que preenche o meu peito de lacunas é o mesmo que esta na nossa cama, me fazendo solitária a cada segundo antes de adormecer. E os meus sonhos me trazem o brilho do seu olhar, me fazendo perceber que a realidade que vivo é um pesadelo no qual eu me perco sem esta luz. Eu não consigo deixar de reviver aqueles passos que você deu quando foi embora. Não sei abandonar os bons momentos que não vão mais voltar. Não sei como aliviar esta saudade que me devasta ao sentir seu perfume nos cômodos desta casa. Quando você saiu por aquela porta você não foi embora sozinho, você levou junto os meus sorrisos. E agora eu percebo que muito mais que eles, o motivo deles faz muita falta. Eu não quero felicidade, eu quero estar com você, a felicidade se torna conseqüência assim. Eu preciso sentir seus braços me envolverem e ouvir a batida do seu coração dizer que não vai me abandonar. Eu quero viver a certeza nos seus olhos, que tudo vai ficar bem. Que tão eterno quanto o meu amor, é o nosso amor.

22 de maio de 2010

Sincera solidão.

Perco-me nas contas. Não sei se foram dias, meses ou anos. Mas eu sei que foi muito tempo. Mas que eu, o meu coração sabe, que por muito tempo estive presa à você. Que o encanto de sua lábia me enganou e me persuadiu a ficar, nas poucas vezes que minha mente convenceu o meu coração à ir embora. Estas mesmas vezes que o seu olhar se desviou para outros olhares além do meu, perdendo assim o efeito manipulador sobre mim. Mas sempre houve algo em você, um às, que me fazia ficar aqui. Por fim esse algo acabou. E me sinto feliz em dizer que tudo se transformou. As noites tristes se tornaram alegres. Os dias frios se tornaram em ano repleto de verão. As lágrimas se tornaram sorrisos. O falso amor se tornou sincera solidão.

Não há mais 'nós'.

Eu nunca parei para pensar no que fazer sem você aqui. A verdade é que nunca me imaginei sem imaginar você, sem pensar em nós. Já faz um tempo que é assim, que o meu mundo gira em torno de nós dois. Nunca se passou pela minha mente que para você pudesse ser diferente. Nem a pouco, quando você me disse, eu consegui acreditar. Os nossos sorrisos sempre disseram o contrário, não concorda? O brilho do nosso olhar sempre foi o que nos guiou dentro de noites escuras. A nossa felicidade foi o que manteve os nossos corações unidos. Os nossos momentos sempre foram de felicidade inigualável. Então, como eu posso acreditar que é o fim? Que não há mais 'nós'. Que somos apenas ‘eu’ e ‘você’. Agora te vendo parado na porta, com as malas prontas e um pé para fora, a minha mente, por fim, entende que acabou. Tenta explicar ao meu coração inconsolável que talvez somente eu fizesse parte desse ‘nós’, que era tanto para mim, que eu imaginei que também fosse para você.

Sua ausência.

Se eu falar que entendo e que aceito, seria a maior das mentiras. Você não podia ter ir ido embora. Você não podia ter me deixado assim. E agora, o que faço com as saudades que me consomem? Pois o amor continua, sem alterações, enraizado em meu peito. Sinto falta daquele seu ombro amigo quando eu era feita de lágrimas e do som da sua gargalhada quando os risos se faziam presentes. Sinto sua falta em cada momento, antes nosso, agora só meu. Hoje é de ausências que o meu coração se preenche. Pois embora os seus sorrisos ainda estejam acesos em minha memória, o meu peito exige muito mais que lembranças. Elas não suprem essa fome de sua presença que me destrói aos poucos. Se eu ao menos tivesse a certeza que no fim nos encontraríamos novamente, eu poderia controlar esse pulsar impaciente do meu coração quando ouço o seu nome.

Parar de respirar.

Lá fora a chuva cai sem cessar e aqui dentro, de mim, ela insiste em permanecer em igual intensidade. A noite se encontra mais escura que nunca, as estrelas se apagaram para os meus olhos. Mas eu me agarro às minhas falsas verdades, de que tudo logo irá passar. Então eu apenas tento esquecer, te esquecer. E é tão difícil, pois você não é uma frase no meu caderno que eu possa apagar, você é apenas a inspiração que as fez surgir. Não deveria ser tão doloroso assim, afinal sempre foi unilateral. Contudo abrir mão desse amor é o mesmo que parar de respirar, pois a verdade é que você se fez meu oxigênio. Mas eu vou parar de respirar, por mais que me mate, eu sei que o meu limite é este. E quando você for me ver, você vai me ver sorrindo. E será sempre assim. Entretanto eu sei que por trás de cada sorriso meu há uma infinita dor, que nem mesmo as lágrimas são capazes de expressar.

20 de maio de 2010

Almas gêmeas.

As pessoas não se conhecem por acaso. Era esta a única conclusão que ela enxergava agora, perdida nas profundezas daqueles olhos castanhos. Nunca acreditou em destino, mas era impossível pensar que os seus caminhos haviam se cruzado sem propósito algum. Seus pensamentos surgem em igual conteúdo e momento. Os seus olhares brilham de forma similar quando se encontram. Em seus corações habita uma certeza singular. Há quem diga que é coincidência. Mas ela sabia que aquele abraço, de encaixe perfeito, que os transformava, mesmo que em breves segundos, em um só, era a tradução que eles eram as tais almas gêmeas imaginadas pelos que sonham com o amor e encontradas pelos que o sentem.

17 de maio de 2010

Um amanhã com você.

Eu sei que estabeleci limites. Que desde o início deixamos bem claro as regras desse jogo de amor/paixão. Sei que prometemos que o envolvimento não iria criar raízes profundas. E que um plano de fuga seria uma opção presente em todos e qualquer momento. Mas preciso te confidenciar. Esse jogo se transformou em verdadeiro sentimento. Eu excedi todos os limites e me envolvi completamente. Não quero me culpar pelo brilho que surge em meus olhos quando falo de ti. Não quero mais controlar quantas vezes o teu nome me vem aos lábios, já que em minha mente tudo se resume a você. Eu quero um futuro ao seu lado, apenas o presente não me basta mais.

16 de maio de 2010

Sem pressa.

Ainda há tempo. Você não precisa apressar as coisas. Vamos devagar. Eu quero te conhecer e quero que me conheça também. Desta vez não haverá espaço para erros. Você esta tão diferente do que costumava ser, preciso te re-conhecer. Não quero corações partidos desta vez. Vamos apenas curtir o momento. As nossas conversas nunca me fizeram tão bem. E esta adrenalina do incerto me conquista cada vez mais. Eu ando me segurando para não ceder à atração que seus lábios possuem sobre mim, mas te confesso que não quero mais. Na próxima vez que os seus olhos me invadirem desse jeito eu deixarei o momento nos levar. Nem que seja somente em minha imaginação.

15 de maio de 2010

Conquista de uma noite.

Olhares. Sempre os olhares. Misteriosos, para manter o interesse do outro olhar. Drinque. Sempre dois, ou mais, nunca menos. Palavras. Quase sempre falsas. Frases. Quebradas, sem essência, com objetivo. Mil e uma mentiras. Coragem, para fazê-las. Ingenuidade, para acreditá-las. Enfim sorrisos. Convidativos, afirmativos, confirmativos. Mais olhares. Intensos, ardentes. Lábios. Unidos, pelo desejo, pelo ‘amor’ nada platônico. Calor. Irradiado pelos dois corpos. Novo lugar. Reservado, a privacidade exigiu estar presente. Um. O resultado da soma mais esperado de toda a noite, um mais um sendo igual a um. Suspiros. De satisfação, prazer, conclusão. Promessa. Falsa, quase sempre, quase certo que não irá ligar. Mais um beijo. Menos intenso, mais rápido. A noite chegou ao fim.

14 de maio de 2010

Odeio.

Odeio as suas falsas verdades, as ilusões que planta em meu coração e as lágrimas que põe em minha face. Odeio quando não cumpre suas promessas e de como me persuade para te perdoar. Odeio as noites que me faz passar em claro esperando notícias. Odeio a melancolia que envolve o nosso amor, onde nesse ‘nosso’ somente eu faço parte. Odeio a sua ausência. Odeio a falta que sinto dos seus abraços e do seu cheiro impregnando a minha cama. Odeio como o seu olhar invade a minha alma. Odeio as madrugadas frias sem o seu calor. Odeio como o coração fica apertado quando não te vejo. Odeio-te pela simples vontade de odiar. E eu odeio, com todo o meu ser, não conseguir odiar, nem se quer por um segundo, você.

13 de maio de 2010

Arte de se apaixonar.

Eu nunca quis me apaixonar, te juro. Nunca foi minha intenção lhe entregar o meu bem mais precioso, o mesmo que bate freneticamente em meu peito quando você chega perto. Mas tudo sai do controle quando você me olha assim. Eu criei mil barreiras entre eu e o amor, entretanto estas são as mesmas que desmoronam em meio segundo quando suas palavras doces me envolvem. Sempre temi me entregar inteiramente e no fim acrescentar mais um coração partido no mundo. Então sempre mantive um pé atrás, um plano de fuga guardado na mente e um colete salva-vidas preso ao meu coração. Mas agora tudo esta díspar. Eu mergulhei de cabeça nesse sentimento, com a mente em mil pensamentos sobre nós dois e o coração pintado de alvo, sem proteção. E eu não ligo se uma desilusão o acertar em cheio, tampouco se o fragmentar em mil cacos irreparáveis. Eu viveria o resto dos tempos no inferno, se pudesse por um segundo mais, sentir seus lábios tocarem os meus.

12 de maio de 2010

Quer se casar comigo?.

Estavam unidos pelo olhar e envolvidos pelo silêncio. Perdidos na profundidade de suas almas a pouco só uma. Os dedos dele a acariciava na face. E os dela percorriam sem direção seus cabelos castanhos. Ambos adoravam essa intimidade, aquele momento somente dos dois, no qual o resto do mundo não parecia existir. Suas mentes se ramificavam em mil pensamentos, tendo como essência sempre os dois. Seus olhos sorriam mais que os lábios. Aquele era o tipo de momento que nunca se encontraria em fotos, somente em corações, onde eram tatuados e levados pela vida toda. Era o momento certo. A boca dele se abriu e o coração dela disparou. A frase dita não era o costumeiro e verdadeiro ‘eu te amo’. A mão dele apertou a mão dela com mais intensidade. O silêncio insistiu por mais um segundo. A boca dela se abriu. O coração dele percebeu que um ‘sim’ era mil vezes mais belo que um ‘eu te amo’.

11 de maio de 2010

O que se faz depois do fim?.

Aquela festa de sentimentos tão novos a assustava. Ela só havia saboreado a doçura do amor e agora desfrutava do amargo sem fim que a culpa, a saudade e a dor lhe faziam questão de trazer à boca. Aqueles olhos azul-mar encontravam-se em um vermelho-sofrer. E todos aqueles sonhos eram perfeitamente vistos no reflexo dos estilhaços de espelho encontrado no chão do banheiro. Ela estava recolhida em um canto, tremendo e com o rosto molhado. A mão cortada pelo soco dado ao espelho não a trazia tanta dor quanto o fim que ela nunca desejou. O coração gritava e ela não sabia como fazê-lo parar. O destino foi cruel, mas era impossível mudar o passado, trocar a crueldade por bondade, ou quem sabe até por pura indiferença. Tudo agora parecia melhor que o acontecido, até os momentos de briga eram lembrados com carinho. Mas não havia como voltar atrás. Não havia espaço para mudanças. Não havia resposta, tampouco explicação. O fato é que ele estava naquele avião que foi parar no mar e agora mil imaginações tentam explicar onde ele está.

8 de maio de 2010

Minha desilusão.

Fui tola. Admito. Inocente, até. Por pensar que você tinha um coração. Não te culpo, verdade. Desde o início seus atos deixaram bem claro a ausência de uma alma. Mas eu te idealizei. Ignorei os fatos. Elevei os seus mínimos atos que eu havia distorcido, transformado em preocupação e bem querer direcionados à mim. Então devo deixar bem claro que não há motivo para sofrimento. Se a verdade é que eu nunca amei você e sim uma ilusão, uma idealização que completava as lacunas presentes em mim. Mas ainda assim dói. Por tanto tempo acreditei que esta ilusão fosse real, que fosse você, que agora vendo sem nevoeiros a desilusão atinge em cheio o meu peito. E eu, mera marionete do meu coração, não posso deter as lágrimas que insistem em percorrer a minha face.

6 de maio de 2010

Medo.

"Medo. São instintos naturais que te protegem contra o diferente. Sentimento que proporciona um estado de alerta, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente."

Então ela sentia medo. Medo porque o que poderia acontecer era completamente diferente. Porque não mudaria somente sua vida, mas também tudo o que a constituía, sentimentos e desejos. Mudaria seu desejo de viver. Ela poderia não ver mais aquele sorriso de tirar o fôlego. Ou ouvir aquela voz inconfundível. Então, onde estaria a felicidade? Ela poderia não ter mais o brilho daqueles olhos para guiá-la na escuridão. Ou não sentir mais o calor daquele abraço de congelar o tempo. Então, onde estaria a amizade? Ela poderia não viver mais aqueles momentos de valor inestimável. Ou sentir a emoção daqueles beijos estalados. Então, onde estaria o amor? Ela poderia perder tudo o que mais valorizava e amava. Ela poderia perder você. Então, onde estaria o sentido da vida? Ela não sabia essas respostas, mas ela sabia que lá, ao lado dela, estava o medo.

3 de maio de 2010

Sentimentos meus, são teus.

Eu estava deitada olhando para o teto quando me flagrei em pensamentos sem fim sobre você. Mais uma vez. Creio que esteja dormindo nesse momento, então o imagino com o semblante gentil perdido em sonhos dos quais eu desejo fazer parte. Esta vontade de sempre querer estar ao seu lado, que me consome, é tão adventícia e singular. Não a sinto por mais ninguém e isto de alguma forma me fascina, pois se torna mais um detalhe que comprova que és distinto dos demais. Perco-me então em suas características diferenciais. As quais me ganharam há muito. Perco-me no seu sorriso particular, este que me traz o céu em segundos. O qual possui o brilho que me cega para o resto do mundo. No auge desses meus sentimentos irreprimíveis a lembrança e a imaginação não me satisfazem mais. Então a saudade, impetuosa, me toma por completo e eu desejo como nunca te envolver em um abraço de parar o mundo e sussurrar em seu ouvido o quanto eu amo você.

2 de maio de 2010

Os seus olhos azuis.

Seria loucura se eu te dissesse que em meus constantes pensamentos ainda encontro a lembrança de seus olhos azuis? Porque esta talvez seja a maior verdade dentro de mim. A qual eu nunca vou ter coragem de te contar. Talvez não seja coragem o que eu preciso, mas sim certeza. Certeza que meus sentimentos não iram te ferir outra vez. A distância que pus entre nós me doeu, muito mais do que minhas palavras são capazes de expressar. Mas eu sei que me doeria muito mais se eu te machucasse além do que já havia. E a imensidão azul dos seus olhos, que nunca deixaram de existir em mim, me trazem a cada segundo a culpa que me destrói por dentro. Mas me trazem também a lembrança de cada momento único que foi nosso, daquele carinho infinito e amor incondicional que ainda habitam meu coração, mas que hoje ao invés de alegrias imensuráveis me trazem dores que nunca cessam. Desculpe-me. Com todo o coração e sinceridade que há em mim eu lhe peço. Por te lhe causado sofrimento, por ter cessado os momentos únicos. E por este sentimento egoísta que há dentro de mim, o qual eu luto contra todos os dias, que daria tudo para que eu me afogasse mais uma vez no mar dos seus olhos azuis.

Inércia.

Eu me deitei. Na areia quentinha de uma praia qualquer. Na beirinha do mar, onde pequenas ondas alcançavam os meus pés. Olhei pro céu e deixei meus pensamentos escaparem por entre as nuvens de algodão. Eu senti a chuva da alma percorrer o meu rosto e não a impedi. Era a primeira vez depois de tanto tempo que ela não me machucava. Não, eu não estava anestesiada após tanta dor. Ela não me feria simplesmente porque esta era de felicidade. Vinha acompanhada por um sorriso que me tomava a face. Eu gargalhei e foi maravilhoso ouvir esse som que se fez ausente por tanto tempo. Eu quis congelar o momento e o sentimento. Era assim que eu me sentia diante de tanta alegria. Com uma vontade insaciável de vivê-la eternamente. A vibe positiva se propagava no ar e nada parecia capaz de me tirar desse estado de inércia que é estar feliz.

Poderia ter sido.

E aquela sensação a fazia se sentir insana. Como poderia alguém sentir falta do que nunca existiu? Racionalmente não poderia. Mas agora tudo estava além de questões racionais. Sentada na varanda envolvida pelo frio e entorpecida pela saudade ela sentia falta do que poderia ter acontecido. Do que deveria ter acontecido e sem motivos não aconteceu. Aquele sorriso poderia tê-la feito se apaixonar facilmente. O olhar intenso que a intimidava teria sido inevitavelmente a última coisa que ela lembraria antes de dormir. As palavras doces com certeza se transformariam em motivos para passar horas ao telefone. E aquele beijo inquestionavelmente se tornou o motivo por tantas saudades, mas poderia ter se tornado amor. Olhando para as estrelas que iluminavam a noite de lacunas ela buscava respostas, mas principalmente desejava que tudo ainda tivesse a chance de acontecer.

Solidão.

O silêncio consume a minha paz, aquela que só você trazia com a sua vozearia. E os meus dedos, tão solitários, sentem falta dos seus que os acolhiam ao segurar a minha mão. A chuva não cessa e o vazio toma conta de cada centímetro quadrado desse corpo, antes uma pessoa com você. O timbre da sua voz nunca foi tão desejado pelos meus ouvidos ou a luz do seu sorriso pelos meus olhos, agora perdidos na escuridão. O pôr-do-sol já não me tranqüiliza mais, apenas traz lembranças de como era lindo assistido ao seu lado. Então eu vou vagar pelas ruas até o amanhecer. Procurarei em cada esquina uma migalha que seja de distração. Porque por mais que eu abra a geladeira nessa madrugada fria, eu não encontro você.

Volúpia.

Era uma sensação maravilhosa. Minha pele se arrepiou quando o seu toque suave a percorreu lentamente. E estremeceu quando a intensidade desejada foi recebida. Os seus sussurros ao pé do meu ouvido fizeram com que eu me perdesse entre os nossos dedos entrelaçados e o nosso perfume misturado e propagado no ar. Os nossos olhares estavam fixados. Repousados em nossa alma que agora unida se tornava uma só. Seus lábios, sempre convidativos, atraiam os meus com mais intensidade que imãs com pólos opostos podiam ter, tornando tola essa comparação. Seus braços me acolhiam e sua pele radiava calor fazendo-me esquecer do frio que fazia lá fora. Eu já nem me lembrava da existência de um mundo além desses cobertores.

30 de abril de 2010

O primeiro.

Sinceramente? Eu não havia notado você. Por mais que minhas amigas não parassem de falar de você e de como você as fazia delirar eu ainda não havia sentido nada. A verdade é que faz pouquíssimo tempo que eu percebi sua existência. Só a notei, verdadeiramente, quando você fez meu coração vir à boca de forma tão inesperada que me tirou o fôlego. Mesmo assim, eu não acreditei que havia sido você o causador de tamanha reviravolta dentro de mim. Eu procurei um cardiologista, acredite. Não pude admitir tão rapidamente que você, um mero criador de ilusões e desilusões, pudesse me afetar tão profundamente e ainda no lugar o qual eu protejo a sete mil chaves contra males como você. Eu realmente preferiria não ter te encontrado, continuar pensando que você era somente ficção de histórias românticas. Porque agora eu não tenho saída. Não tenho mais livre-arbítrio. Vou ter que conviver com você dentro de mim, maltratando meu coração com ilusões tão duradouras quanto um belo sonho. E por mais que você venha me oferecer minutos no paraíso eu ainda vou desejar com cada partícula do meu ser não te ter em cada parte do meu coração, porque em seguida eu sei que você me cobrará caro com eternos momentos na imensidão infernal da desilusão. A mais pura verdade é esta: eu não queria ter te conhecido, amor.

26 de abril de 2010

Palavras.

Palavras. Por que devo acreditar nas suas? Palavras são meras frases quebradas, que perdem o significado quando não refletem o coração. Então me diga como posso saber se as suas são verdadeiras se quando você as transforma em atos, estes não me tocam. Ou mesmo quando você as diz seus olhos buscam outros lugares além do meu olhar e quando por fim nossos olhos se encontram eu não as vejo na imensidão negra que toma conta de sua face. Eu quero sinceridade. Não ache que ela possa me ferir, porque não pode. A verdade já é de casa, já é amante, já faz parte de mim. Só lhe peço que não me conte mentiras, pois já sei te ler. Quero um banho de palavras inocentes. Não me importa que este seja caloroso ou de congelar o coração. Diga-me apenas. Ou, se não for capaz, mais uma vez, mostre-me. Mas que seja sincero.

24 de abril de 2010

Esse sentimento que há entre nós.

Eu não sei por onde começar, porque o que temos não tem começo exato. Você sugeriria a data vinte e cinco naquela noite inesquecível, mas creio inteiramente que começou antes. Porque é desta forma que me sinto quando olho em teus olhos, que nos conhecemos de longa data, de outras vidas. Que outra explicação há para um sentimento tão intenso que nos envolve? Uma vida seria pouco demais para cultivá-lo e se não fosse, os quase três anos que temos ou mesmo aquele segundo em que nossos olhos se cruzaram, seriam. Pois é desde lá este sentimento. E ninguém o entende, além de nós. É tão único que eu nunca li, ouvi ou vi algo que chegasse perto de caracterizar um terço se quer. E mesmo assim quando algo sobre amor chega à mim eu lembro de você. Talvez por ser dito inexplicável seja o que passe menos longe do que há entre nós. Então, lembro de ti em cada música, filme e história. Freqüentemente. Ah, eu queria que palavras fossem o suficiente para explicar o quanto há de você em mim. Explicar a simplicidade e a beleza dessa imensidão de sentimento. Mas tudo se complica quando convertemos em palavras, fica difícil de expressar. Peço-te, então, que deixe para lá minhas tolas palavras e repare somente nos meus gestos, que puros e sinceros tentam expressar em um todo, todo esse sentimento que há entre nós.

22 de abril de 2010

Novo amor.

Era tudo tão novo e ao mesmo tempo familiar. Aquela ansiedade do reencontro e a insegurança do que estaria por vir. Ela relembrava cada momento e se culpava por cada palavra idiota dita. “Tanta coisa para dizer, por que eu fui dizer isso?”. Mas não demorava muito para se desmanchar em sorrisos ao se lembrar das palavras dele ou daquele sorriso que lhe tirou o fôlego. Então revivia as lembranças mais uma vez, para prolongar aquele friozinho na barriga que cada toque dele trazia. Ensaiou mais de mil vezes em frente ao espelho o que falar. Trocou de roupa mais outras tantas mil – sabendo que diria que pegou a primeira que viu – apenas para que ele a elogia-se. Por mais que ela nunca fosse admitir ela sabia que quando se tratava dele ela perdia o chão. Ela que sempre foi tão segura, a conselheira das amigas, a expert em matéria de conquistas se encontrava com as mãos molhadas e com centenas de borboletas no estômago. Ela ainda não sabia como nomear essa explosão de sentimentos que fazia seu coração disparar quando ele se aproximava, mas sabia que era especial demais para deixar passar.

Príncipe.

Hoje eu me lembrei de quando éramos crianças, brincávamos e riamos juntos. Power Rangers e corridas de patinete. É eu lembro. Ri sozinha por um tempo e depois chorei. Os momentos simples são maravilhosos, e os momentos maravilhosos sempre deixam saudades. Você era meu herói. Eu admirava você com seus movimentos de lutas tão iguais aos dos desenhos e a sua velocidade inalcançável nas corridas no quintal na vovó. E o seu aparelho que mudava de cor toda semana. E como você era mais velho e podia fazer as coisas que eu ainda não podia. Eu adorava quando você me defendia dos outros e quando você pegava o sorvete de flocos escondido e me dava. E quando eu ia dormir na sua casa e brincávamos até tarde. E quando você vinha para minha e me ensinava a mexer no bate-papo. Eu odiei quando você passou por um momento difícil e eu era nova demais para saber o que falar, mas mesmo assim fiquei lá perto de você quieta, mas atenta caso você caísse e eu precisasse te socorrer. Eu tive medo quando brincando com você eu escorreguei, me machuquei e fui levada para o hospital. Mas não tive medo pelo que ia acontecer comigo, mas sim ao que poderia acontecer com você se pensassem que a culpa era sua. A gente cresceu e a diferença de idade se fez grande com o tempo e nos distanciamos. E hoje eu só sinto saudade. Saudade de cada momento. Saudade de você. Eu me lembrei disso tudo hoje e senti vontade de te dizer que você não foi meu príncipe de quinze anos, mas você sempre vai ser o príncipe da minha vida.

A ponte.

Ela havia acordado após um pesadelo naquele dia e não demorou muito ao descobrir que era sua realidade. Ele não estaria lá para abraçá-la ou para sorri levando o resto do mundo embora. Mas ela tentou ignorar a dor e engolir os sentimentos que ainda estavam em cada parte de seu corpo. Enfrentou mais um dia, no automático, sem nada sentir verdadeiramente, com medo de despertar outros sentimentos. No trabalho quando o café a queimou a língua não sentiu, ou já estava anestesiada ou a dor era pequena demais para ser considerada. No fim do expediente ela pegou o carro e seguiu o mesmo caminho de volta para casa. Mas ela sabia que quando chegasse não haveria ninguém além da solidão. Ela parou na metade e sentou-se onde a placa dizia para não sentar. Ela sentiu o vento nos seus longos cabelos ruivos e pela primeira vez desde o fim ela apenas deixou acontecer. “O que eu não daria agora por uma palavra sua?” ela pensou. Ela deixou tudo escapar. A dor. As lágrimas. A raiva. E o amor. As pessoas olhavam assustadas, certamente pensando que ela iria pular. Mas porque ela não pularia? Sua vida agora não passava de cacos e lembranças mal remendadas do que um dia havia sido felicidade. Ela havia entregado o coração na esperança de receber outro em troca, mas acabou ficando sem nenhum. Ele a deixou, sem pensar nos seus sentimentos, num ato puramente egocêntrico, num momento de sofrimento particular. Ele havia pulado, por que agora ela não pularia?

21 de abril de 2010

Olhos castanhos.

Ela não conseguia desviar os pensamentos dos olhos castanhos. Havia mil e um pensamentos possíveis, mas a sua mente só se focava na imensidão castanha daquele olhar. Quando ela fechava os olhos ela conseguia reviver cada momento, cada detalhe. Quando seus olhos se prenderam naqueles olhos castanhos e tudo a sua volta se fez inexistente. Cada lembrança vívida a trazia à boca o coração num pulsar desigual. Era tão inigualável que a fazia querer ficar de olhos fechados para sempre. Nos lábios ela mantinha um sorriso delicioso e na mente os olhos castanhos intensos, profundos que expressavam um mistério, no mínino, encantador.

19 de abril de 2010

Caçadores de água-viva.

Era uma tarde na praia. Não havia muitas pessoas, só quem importava se fez presente. Alguns não eram dali. E outros eram de perto. Mas nada disso importava. O mar estava manso. A areia estava quentinha. O sol brilhava. Mas nada disso importava. Eles riam. Divertiam-se. Permitiam-se brincar. Mas nada disso importava. As águas-vivas estavam mortas. Havia muitas. Elas os fizeram sorrir. Mas nada disso importa. O que realmente importava era que eles estavam juntos, por querer estar. Era que eles tinham um sorriso no olhar. E principalmente era que o momento um dia seria esquecido, mas o sentimento iria ficar.

ps: dedico ao Matheus Vieira e a todos que estavam presente. ( viu?! eu disse que iria criar um blog e contar a nossa história.)

Por muito tempo.

Por muito tempo o silêncio consumiu as minhas palavras que eram suas. Por muito tempo fingi esquecer que você passou pela minha vida. Por muito tempo engoli cada sentimento que me lembrasse você, como se eles não existissem. Por muito tempo guardei a chuva da minha alma que me inundava por dentro, para que não molhasse minha face e assim não deixasse transparecer os sentimentos destruidores. Afinal, aquilo não deveria paralisar a minha vida, tampouco a sua. Por muito tempo seguimos com nossas vidas, cada um com suas lembranças, escondidas propositalmente. Mas a vida sempre traz de volta o que deve ser vivido. A hora não foi a melhor, certamente com um atraso imperdoável. O estrago havia sido grande, por mais que tenha sido sem querer. As palavras saíram por entre os lábios, levou com elas os sentimentos sufocados e a chuva guardada. Houve raiva, houve rancor e houve amor. Houve perdão. Palavras minhas se misturaram com palavras suas. Houve entendimento. O tempo não havia se atrasado, havia demorado o tempo suficiente. Mas o melhor que podemos tirar disso tudo é que o “por muito tempo” acabou.

17 de abril de 2010

Telefone.

Sento-me ao lado dele e espero. Olho para ele fixamente, mas o silêncio que envolve o momento quase me mata. Desvio o olhar para o relógio e o ponteiro se arrasta lentamente entre os números. Mordisco meu lábio inferior e suspiro. Tento não olhar para ele. Finjo que não estou nem ai, mas por dentro a ausência de som presente em cada segundo me corrói. Respiro fundo tentando manter o controle. Olho pro teto. Deito na cama desanimada, sem mais esperanças, e fecho os olhos. Ele enfim se pronuncia. O seu “Trim Trim” me traz borboletas ao estômago. Respiro e me recomponho e por fim vou atendê-lo. A ansiedade por ouvir aquela voz me traz o coração à boca, mas rapidamente tudo se esvai. A voz que chega aos meus ouvidos não era a esperada. Minha mente se expande em mil pensamentos frustrantes e antes que a voz conclua o seu objetivo de me desiludir eu digo: “Não, eu não quero um cartão de crédito.Obrigada”

Amor.

a maior riqueza desta vida, um bem espiritual cujo valor está acima de todos os bens que se possa ter, e que, quando verdadeiro, jamais acaba. O amor cultiva o amor, o amor faz o amor aumentar, atravessa crises, sobe acima das mais altas montanhas, desce às maiores profundezas da alma, percorre de novo as trilhas já percorridas com a graça do perdão e avança por novos caminhos com a luz da esperança. Amor é sentir falta mesmo que a ausência seja pequena, é desejar o abraço, o beijo, o corpo, é querer mais, sempre muito mais. Amor é partilhar, amor é fazer parte, amor é olhar o futuro com esperança, amor é esperar com ansiedade o momento de voltarem a estar juntos, é partilhar opiniões, é fazer projetos juntos, é discordar, mas respeitar, é decidir em conjunto um sem fim de coisas básicas e até banais… É ter consciência de que nem sempre tudo será um mar de rosas, mas mesmo assim não desanimar, acreditar sempre! E é investir constantemente. É entrega-se totalmente à relação e não se importa em abrir mão de certas vontades para a satisfação do ser amado. É sentir-se bem ao ver o outro demonstrar alegria. O amor é capaz de te levar ao infinito desconhecido, de te mostrar prazeres antes jamais experimentados. É olhar nos olhos e sentir o que nenhuma palavra é capaz de descrever.

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