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9 de setembro de 2010

[Des]equilíbrio.

Eu já nem sei mais quanto tempo faz de tanto que já se passou, mas tudo parece ser atemporal. Ainda sinto queimar-me a boca o teu gosto ácido, delicioso em tardes de chuvas e noites sem fim. Ficou marcado, guardado e impossível de esquecer. Mesmo que em outras luas eu tenha buscado novos sabores, nenhum se fez capaz de tirar o seu de mim. Eu ainda me encontro presa ao seu abraço, envolvida em sentimentos que há tanto venho tentando expulsar e o coração acolher. Entramos em guerra, mal nos falamos. E eu fico assustada. Antes de você eu não era assim. O coração me acolhia antes de tudo e hoje vejo-nos em pólos opostos. Você virou-me de ponta cabeça ao olhar-me a alma e eu me desencontrei por dentro ao te ver sorrir. Entretanto o ritmo presente em seu peito mantinha um equilíbrio, trazia uma órbita, colocava tudo em seu lugar. E de repente o ritmo cessou. Permaneceu essa desordem e busca insaciável por uma nova melodia, até encontrar a sua outra vez.

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