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26 de setembro de 2010

No piso frio há solidão.

O golpe foi de surpresa, impiedoso. O sono fugiu e a noite se preencheu de agonia, a consumia. O pulsar abandonou o peito que transbordava dor. O silêncio tomou os lábios que desaprenderam a sorrir e prenderam na garganta um nó-grito. A chuva que pedia licença aos olhos, embora não fosse atendida se encontrava mais forte a cada dia. As expectativas se amontoaram com o passar do tempo, formaram uma pilha e depois uma montanha. Entretanto a sustentação amor era tão ridícula quanto forte. A decepção veio junto ao vento, levou-a ao chão. E lá, no frio que a acolheu, ela permaneceu deitada, sem forçar para levantar e com medo de cair de novo.

"É, a vida vai nos endurecendo. A gente nasce livre, puro, ingênuo, acreditando. Tomamos uma, duas, três, vamos colocando um capuz, um escudo, uma armadura. E salve-se quem puder. E consegue chegar quem deixarmos. O fato é que estou com medo. Medo da gente. Pânico da capacidade que as pessoas têm de andar lado a lado com a maldade. Medo de viver num mundo imundo como o nosso. Pobre de valores. Pobre de espírito. Podre de coração." (Clarissa Corrêa)

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