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5 de setembro de 2010

Foi e é inexplicável.

Éramos primos de sobrenome e amantes virtuais. Você conheceu parte de mim antes jamais revelada e acredito que tenha te visto também além do que muitos viam. Construímos aos poucos uma história, nossa. E admito ter rasgado o nosso livro. Em um dia havia aquele carinho mútuo, amor arrisco dizer, explosão de sentimentos gostosos de sentir conectados em conversas que apagavam o tempo e qualquer fator externo a nós. No outro, por culpa inteiramente minha, os sentimentos permaneceram com ausência das conversas e soma de outros tantos opostos, invertidos. Eu havia quebrado algo único entre nós, em você. De tal forma, que os cacos se viam perdidos e irreparáveis. Eu fui embora. Eu não me perdoei. Mas eu fui. O sol se pôs e nasceu algumas vezes. Tive mil e um motivos e nenhuma justificativa para não ter levado a ti minhas saudades, minha vontade de te ter em meus dias. Tornei-me responsável por qualquer e toda mágoa que nascesse em você, sem direito às reclamações ou revogações. Entretanto, mesmo sem chegar aos seus ouvidos, eu senti sua falta. E nas inúmeras vezes que eu te procurava em lembranças, mesma que doídas por serem apenas lembranças, eu gostava de imaginar que de vez enquanto você também se lembrava de mim. Que de certa forma, mesmo que em um canto qualquer, eu me encontrasse em sua memória. Doeria mais pensar que havia sido esquecida, mesmo sem merecer qualquer lembrança. E eu permaneci assim: oculta. Até que a fome de presença se fez devastadora demais e levou-me a te procurar em cada canto além de dentro de mim. Não te encontrei e senti a felicidade me escapar por entre os dedos. Culpei-me e não me perdoei. Havia aberto mão dos sorrisos mais belos e o ponteiro do relógio se recusava voltar atrás. Entretanto o mundo, como de costume, dá voltas e o inesquecível não se rendeu ao tempo. No acaso de um momento qualquer te achei sem procurar, como a borboleta que tão caçada somente na desistência da caça pousa no ombro de seu caçador. Tivemos uma nova chance para deixar a felicidade surgir. Um novo começo. E eu só não queria que nós tivéssemos um fim, não dessa vez. Que esse re-começo durasse até o último suspiro, e se pudesse além. Porque eu sinto algo inexplicável por você, misturas e soma de sentimentos que eu só poderia qualificar como amor. É... Depois de tudo, além de tudo e com tudo eu amo você.

Talvez eu seja só um novo amigo
Talvez eu queira te levar comigo
Para bem longe daqui
Onde nem o céu seja o limite
(Drive – olhando para você)

Um comentário:

  1. ''eu gostava de imaginar que de vez enquanto você também se lembrava de mim. '' - algo que,em mim, me deixa tão feliz qnd tenho tal sensação...

    qnd há sentimento - como percebo ter - só existe o final quando a alma entra em um concenso com o coração... porém, quando ambos ñ querem....só resta viver,sentir, pedir!

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