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22 de setembro de 2010

Já era amor.

Antes do início, antes mesmo de ser, ele já existia dentro de mim. Já era o meu sol para dias limpos e chuvosos. E embora eu tentasse, eu buscasse palavras para explicar o porquê de nascer um sorriso em mim sempre que havia um nele ou uma lágrima sempre que o sorriso se ausentasse de sua face, eu me via sempre em silêncio me perdendo em seus olhos e admirando sua alma. E assim, enquanto eu me distraía com sua beleza incomparável dos dois lados, o amor foi nascendo em cada parte de mim. Dominou-me. Criou raízes no peito enquanto se alimentava do brilho que ele colocava em meus olhos. Eu me apaixonei. Eu me apaixonei pela amizade, pela segurança, pela sinceridade, pelo coração, pela beleza da alma. Eu me apaixonei por ele. Por tudo que significávamos um para o outro. Por tudo que tínhamos para viver. De tal forma que a eternidade se fez pequena e sendo assim me apaixonei além. Não importava mais os dias, as noites, o tempo, os detalhes externos a nos. Já era amor no antes, no durante e no depois.

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