Ainda havia fios de luz daquele sorriso suave rondando minha mente inquieta, involuntária. O desejo crescia no peito devido ás lembranças que o alimentavam. Embora as marcas antigas ainda se encontrassem em cicatriz entreaberta, o corpo clamava pelo calor vindo daquele abraço de seguranças falsas. A dor ainda habitava as veias, corria e corroia, lembrava-me do tombo, dos cacos. Entretanto a acidez do beijo roubado queimava-me os lábios, trazia seu nome, trazia mais desejo. O copo de água entre minhas mãos tremia assim como a confusão que se formava aqui dentro, que nomeada terremoto derrubava as caixas de sentimentos antigos e revirava as fotos em memória. O pretérito tentava reorganizar as letras, reescrever-se em presente. Havia uma linha tênue de esperança iludida re-costurando o que há tanto havia sido rasgado. Eu me via perdida, entretanto com a certeza de que o que [re]nascia era tantas vezes mais intenso e mais forte que os últimos anos de sólida e impenetrável proteção.
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21 de setembro de 2010
[Re]nascer.
Ainda havia fios de luz daquele sorriso suave rondando minha mente inquieta, involuntária. O desejo crescia no peito devido ás lembranças que o alimentavam. Embora as marcas antigas ainda se encontrassem em cicatriz entreaberta, o corpo clamava pelo calor vindo daquele abraço de seguranças falsas. A dor ainda habitava as veias, corria e corroia, lembrava-me do tombo, dos cacos. Entretanto a acidez do beijo roubado queimava-me os lábios, trazia seu nome, trazia mais desejo. O copo de água entre minhas mãos tremia assim como a confusão que se formava aqui dentro, que nomeada terremoto derrubava as caixas de sentimentos antigos e revirava as fotos em memória. O pretérito tentava reorganizar as letras, reescrever-se em presente. Havia uma linha tênue de esperança iludida re-costurando o que há tanto havia sido rasgado. Eu me via perdida, entretanto com a certeza de que o que [re]nascia era tantas vezes mais intenso e mais forte que os últimos anos de sólida e impenetrável proteção.
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