Todos os textos deste blog são de minha autoria, quaisquer textos, frases, ou expressões de qualquer outra pessoa, virão em itálico ou com créditos.

28 de junho de 2010

Não mais tão meu.

Eu não sabia, nem se quer havia imaginado. Fixei tanto os meus pensamentos no que seria melhor no agora que me esqueci do futuro breve, este que se fez tão conciso que me doeu mais. Não quis me envolver, te envolver, nos envolver. Quis evitar um sofrer tanto meu quanto teu. Então te fiz ir e você se foi. Pensei, assim, que não haveria chuva em corações destruídos e que estilhaços não se fariam presentes. Entretanto meus pensamentos passaram longe do real. Você manteve seu peito intacto, talvez com um arranhão, no máximo. Seguiu novos horizontes, se apaixonou. E eu, me desfiz em milhares. Mais que chuva, meu coração devastado envolveu a tempestade d’alma. Ver-te amar outro alguém não se encontrava em minhas previsões mal feitas, não me preveniram. E me doeu além de palavras, além do que meu corpo supusera suportar. Senti teus braços me envolverem em uma segurança desmedida e em um segundo perdi-o junto o chão que desapareceu de repente. Teus abraços agora já não eram mais meus, assim como teu sorriso, olhar, palavras, amor. Mas eu, involuntariamente, permanecia tua, através de cada pensamento e desejo que se limitavam ao meu peito. E, tão contraditoriamente, eu havia te perdido ao mesmo tempo em que te tinha tão meu nessas gotas salgadas que percorriam lentamente uma face sem sorriso.

25 de junho de 2010

Mais brilhante que a luz do sol.

O que eles tinham era mágico. Tão mágico que contos de fadas, poesias, idealizações da literatura Romântica e até mesmo o próprio amor não se faziam capazes de descrever. Era um sentimento com ausência de distâncias, pois mesmo que quilômetros se pusessem entres os seus corpos, nunca haveria um milímetro se quer entre os seus corações. Entretanto ele ficava guardado nas palavras, nos gestos puros e nos sonhos. Existia aquele medo de transformá-lo em realidade, medo de fazê-lo beijos e abraços antes do tempo certo e que assim se desfizesse, se perdesse. Era valioso demais. Então chegou o aniversário deste sentimento, se completava mais um ano que ele havia nascido, que ele se fazia mais brilhante que a luz do sol. Eles se encontraram, passaram a noite juntos jogando conversa fora, trocando olhares que apenas eles entendiam. - O que nós temos a perder? – um sorriso no canto dos lábios nasceu junto às palavras dele. - Tudo. – ela disse com o medo na voz, mas então o olhar dele invadiu-a com a certeza de que o que se tinha a ganhar valia o risco. Seus lábios se uniram elevando-os a um paraíso singular. Não havia dúvidas, não havia medos, não havia perguntas, não havia mundo. Naquele momento indescritível só existiam eles dois e aquele desejo insaciável de que se eternizasse.


What a feeling in my soul, love burns brighter than sunshine . Brighter than sunshine.
Let the rain fall, I don't care. I'm yours and suddenly you're mine, suddenly you're mine.
and it's brighter than sunshine.
Feliz três anos. sz

24 de junho de 2010

Imenso sofrer.

Dói. Esse sentimento incoerente e intenso que habita meu peito dói. Fere-me a cada pulsar deste coração maldito que insiste viver de sentimentos, a cara respirar deste pulmão que se nega respirar oxigênio e opta pelo amor e a cada olhar que busca a presença ausente que cria vazios similares a buracos negros, que me sugam e destroem por dentro. E quando vêem esta dor nos meus olhos, que desaprenderam a sorrir, me perguntam por quê. Porque os dias andam ensolarados, mas aqui dentro a chuva é só um detalhe da tempestade. Porque só resta silêncio sem a sua voz. Porque as estrelas se apagaram quando o seu sorrir cessou. Porque sem o seu amor meu peito não sabe respirar. Porque, pouco a pouco, quem te abriu a porta fui eu. Porque a realidade não imita mais os sonhos. Porque o final feliz não se fez verdadeiro para nós. Porque não há mais nós. Porque eu deixei você ir embora e me doeu de forma que palavras não descrevem. Porque no fundo eu sei que o melhor para você não era eu. Porque agora eu me encontro com mil motivos menos com você. E estar sem você é o maior motivo deste imenso sofrer.

O coração que a razão encadeia.

O desejo que me toma de corpo inteiro é o mesmo que a razão impede de se realizar. Como posso eu, deixar que este sentimento, que é tão belo quanto irracional, me domine? Não que eu não queira, pois há muito venho desejando mais que tudo senti-lo sem freios, permitir-me voar sem medo de cair, entretanto é exatamente este medo que a mente recosta sob o coração, me trazendo um sofrer antecedente pelo o que ainda não aconteceu e talvez nem aconteça. Então, diga-me, o que faço? Liberto meus sentimentos dessa corrente racional e vivo com o coração aquilo que eleva a alma às nuvens em frações de segundos ou os prendo e faço a razão sobressair, vivendo assim a certeza que com os pés no chão não haverá tombos, tropeços e feridas. Por favor, diga-me. Pois viver no meio termo, entre a razão e o coração, é tão angustiante que chega a doer.

23 de junho de 2010

É o mesmo.

Guarde a ausência de sinceridade de suas palavras para ela, pois mesmo que seus lábios digam que você já me esqueceu os seus olhos transparecem que não. O silêncio que ocupa o lugar de minhas palavras te deixa inquieto. Quando sentes os lábios dela se lembra dos meus. Comparas outros abraços a aquele que eu te dava e parava o tempo. Sente-se triste ao notar o vazio que fica entre seus dedos sem os meus. Olha as estrelas para se lembrar do brilho dos meus olhos ao estar ao seu lado. Evita ouvir o rádio para que a nossa música não chegue aos seus ouvidos. Visita os antigos lugares que eu visitava para me encontrar ‘ao acaso’. Sente um nó na garganta sempre que ouve o meu nome. Lembra-se de mim sempre que falam de dor, amor. Chora atrás de sorrisos pelo tudo que foi e a ausência que ficou. Procura desesperadamente abrigo no peito de outro alguém, pois o seu ainda me abriga ficando assim sem espaço para você. Dormes com o telefone ao lado e passa o dia esperando a noite para que me torne protagonista de seus sonhos. Sente que o coração ainda não me esqueceu e que não pretende fazê-lo. Eu sei disso tudo, eu sei. Pois é o mesmo que acontece comigo. É o mesmo.

22 de junho de 2010

Inválida tentativa.

Eu tentei inteiramente, de verdade. Busquei diversas formar, inválidas, de te esquecer. Troquei as músicas, as roupas, o perfume. Visitei outros lugares, outros pensamentos, outros sentimentos. Encontrei novas pessoas, novos caminhos. Deixei minha marca em outras vidas, estas que também marcaram a minha, entretanto nenhuma marca se fez tão profunda como a tua. Busquei novos lábios, abraços, lembranças. Sempre na desesperada esperança de te substituir ou até mesmo deletar da mente e coração. Mas sempre surgiam as comparações e então as lembranças do seu toque e calor. Assim passei a te odiar mais, por se fazer presente em todos os sentimentos e pensamentos, por me invadir de lembranças a todo o momento e principalmente por não conseguir te odiar. Você não percebe? Por mais que eu busque novas pessoas, novas histórias, novas vidas, a que eu realmente desejo é a sua e junto a minha.

21 de junho de 2010

Nada mais.

No fim meu coração ainda pulsava de amores por ti, ainda sentia aquela necessidade de ouvir o timbre da sua voz e sentir o toque da sua pele macia. Mas por algum motivo, que desconheço, você veio como um furacão e pôs todo aquele amor puro em baixo de escombros. Machucou-me o peito, o corpo inteiro, a alma. Trouxe-me lágrimas doídas e um sofrer de deixar marcas, cicatrizes. Havia lhe confiado o coração e você o devastou com sentimentos amargurados, que nunca desejei sentir. Então privei meus olhos de sua face e meus lábios de seu nome. Segui outra estrada onde só havia espaço para mim e para o tempo, este que fez jus a sua fama. Ao longo dos minutos incontáveis os sentimentos se libertaram da dor trazida pelos escombros e por fim viram a luz que a tanto se fazia ausente. Entretanto depois de tantas cicatrizes eles se viam mudados. Aquele amor que transbordava no olhar se encontrava em forma de carinho e afeto que se sustentavam na linha da razão. E era somente isso que meu peito desejava sentir, nada mais.

19 de junho de 2010

Anjo da noite. IV

“No meio da profunda escuridão daquela noite onde a lua se recusou a aparecer, o anjo veio e a envolveu nos braços afastando toda a dor.” Alguns meses depois, envolvida pelos braços do seu anjo, Luana trazia a mente a frase daquele livro. E aquele sorriso que surgiu timidamente depois de tanto tempo se fez transparente, havia sido o início. Ela havia demorado algum tempo para perceber que o olhar de Lucas era o que lhe fazia flutuar em meio tanta desilusão, mas quando o coração a tomou em um ritmo descompassado que dançava junto ao dele, se tornou impossível não ver que ele sempre havia sido o anjo. Ele a completava de tal forma que a dor que a preencheu naquela noite cedia o lugar à felicidade jamais imaginada. Na profundeza daqueles olhos hipnotizantes, ela encontrou o caminho, o silêncio que a alma buscava e a paz de um amor puro e adverso das turbulências que a paixão causava. Depois de tanto andar perdida e sem rumo, ela encontrou um lar, um lugar aconchegante no qual podia repousar o coração. Fazia assim, do peito dele moradia sem pressa, sem prazo para se mudar. Vivia junto a ele uma felicidade eterna em corações, almas e realidade.
( Fim. )

18 de junho de 2010

Revelar.

Cheque mais perto, sente-se aqui junto a mim. Preciso te contar o que há muito tenho escondido. Lembra-se do dia em que nos conhecemos? E daquele olhar fixo que te lancei naquele bar de estrada e que você nunca entendeu? Pois então, foi quando eu descobri. E eu tive medo de te contar e quebrar aquele laço tão recente que se formou naturalmente entre nós. Foi naquela noite, te vendo sorrir, que eu descobri que te amava. Mirei-te daquela forma, pois não conseguia entender como eu tinha demorado até o anoitecer para perceber que era você o homem da minha vida. Mirei-te daquela forma, pois não conseguia entender como tais qualidades surpreendentes podiam estar em um único ser. Mirei-te daquela forma, pois você fazia com que eu me sentisse como nunca, sendo assim impossível não admirá-lo. Antes de ti essa festa de sentimentos, que deixam meu peito a ponto de explodir, nunca aconteceu. Não digo que nunca tive paixões, pois estas de vez enquanto me visitavam, mas sempre com aquela felicidade passageira como a mesma. E com você... É tão único que me faltam palavras. Os sentimentos, maravilhosos, que você me proporcionou naquela noite se fazem presentes desde então, sempre que estas por perto. Eles transbordam do meu coração e me fazem sorrir de corpo inteiro. Então meu bem, eu te peço uma chance. Uma chance para nós, para esse sentimento tão belo que você fez nascer em mim e principalmente uma chance para te fazer feliz, pois o brilho que a minha vida ganha quando te vejo sorrir é mais intenso que mil Sóis.

17 de junho de 2010

Nossa história.

Queria te encontrar no mundo do meu infinito particular, escrever a história ao nosso favor. Moldar o nosso início para te ter mais íntimo desde então. Foram tantos desvios que o destino pôs em nosso caminho, empurrando o amor pro futuro, que me perco em tantos ‘quase’ e ‘ainda não’. Mas entre nós tudo sempre aconteceu tão fácil, como se tivesse sido ensaiado, como se fossemos iguais. Sempre completamos um ao outro, em detalhes e essência, e assim se torna transparente que o nosso sentimento vai além de gostar e de desejar, vai além do amor. Entretanto o destino insiste em evitar que se concretize fora de pensamentos, sonhos e corações, e embala nossa história em poesia e conto de fadas, para que nos dê mais água na boca. Sendo assim eu sinto raiva do tempo, que se arrasta, que demora tanto a chegar para nós, que tão cúmplice do destino, nos faz esperar impiedosamente. E eu espero, tendo, em cada segundo, na mente que ainda irei te envolver em um abraço de unir corações e transformar nossos lábios em um, num beijo de parar o tempo, colocando um ‘ viveram felizes para sempre’ antes das reticências que ausentam o fim de nossa história.

Secreto.

Ela chorava baixinho, atrás de um sorriso, para ele não perceber. Ela se culpava por não se sentir feliz pela felicidade dele. Seu coração só sabia sentir raiva daquela felicidade, que se derivava de uma paixão que a ela não era direcionada. Porém escrevia na testa ‘estou feliz’ com letras fingidas e mostrava os dentes a quem se pusesse a duvidar. E assim se obrigava a passar os dias, despedaçando seu coração ao ser ouvinte de seu amado que a outra estava a amar, esperando o anoitecer para se esconder na escuridão e ser embalada pela tristeza devastadora. Mas ainda assim, entre chuvas e furacões, ela guardava no fundo de uma gaveta, um sonho em forma de desejo de um dia achar mais do que palavras, achar coragem, para encarar os olhos dele e abrir o coração.

16 de junho de 2010

Ladrão.

O caderno está fechado. As linhas estão em branco, sem letras, sem sentimento, sem teu nome. As palavras nunca se ausentaram destas linhas, mas hoje faz duas luas cheias que elas fogem de mim. Faz duas luas cheias que você também se foi por aquela porta. Talvez você tenha as roubado de mim, as arrancado, como já havia feito com meu coração, e ido para um lugar que desconheço. O piano está empoeirado. As teclas estão ali, esperando serem tocadas com a esperança de formarem notas e levarem música ao coração de quem estiver por perto. Mas o sentimento gostoso deixa lacunas e aquele que traz lágrimas insiste em não abandonar meu peito. Os dias transbordam saudades, estas que falam bem mais alto à noite ao encontrarem o vazio no seu lado da cama, que combina perfeitamente com o que você deixou dentro de mim. Ou melhor, devo dizer o que você não deixou, pois levou tudo: minha poesia, minha música, minha felicidade, meu amor próprio e você. Fez-se ladrão do pior tipo, aquele que rouba a vida, mas que ainda deixa a vítima ‘viva’.

14 de junho de 2010

Mais uma vez amor.

Foi numa tarde de inverno e eu vestia o seu casaco para me aquecer. Jogávamos conversa fora e não sentíamos o tempo passar. Então o silêncio envolveu o momento tornando-o nosso. Seu olhar invasor penetrou os meus olhos e me deixou vermelha. Você sorriu e eu te sorri de volta. Nesse momento senti que meus sorrisos não eram os mesmos sem você e me dei conta da intensidade que tudo isso significava. Eu estava apaixonada por você. Lá íamos nós outra vez: eu, meu coração e um destino tão certo de incertezas. Tonteei. Pude imaginar a dor que sentiria quando nada fosse da forma que eu sonhei, neste mesmo segundo, para nós e pude desejar nunca ter te conhecido, pois agora eu já não sabia mais como viver sem você. Mas, então, surgiu aquele pensamento inocente, bobo e apaixonado, e aquela sensação de amor invadindo meu coração enquanto me fazia flutuar, que diziam em coro que todas as lágrimas e todo sofrer valeriam a pena no final. E eu acreditei, mesmo tendo jurado que não acreditaria novamente nesse amor mentiroso e irreal, e te sorri mais uma vez com aquela cara de boba, de apaixonada.

13 de junho de 2010

Supermercado.

Entre uma prateleira e outra, entre as coisas necessárias e supérfluas, entre mil pensamentos em um segundo, nunca se repara nas pessoas ao seu redor, apenas na fila enorme que te tira do sério e o preço absurdo que não para de aumentar. Então você planeja em mente o que fará quando chegar em casa, pois entre mil e uma coisas que preenchem sua lista você ainda não se decidiu por onde começar. Lembra-se que se esqueceu de colocar algo no carrinho e sai puta da fila e corre distraída pele corredor lutando contra o tempo. Esbarra com alguém e derruba cereais em uma prateleira. Abaixa-se para pegar os cereais, mais irritada que antes, querendo xingá-lo, então suas mãos se encontram ao meio de um pedido de desculpas por parte do rapaz. Em consideração você cede um segundo do seu tempo para olhá-lo e comete o maior erro da sua vida. Apaixona-se. De filho da p* à ‘o cara’ em menos de um segundo. E foi assim. No supermercado, num dia em que se apaixonar não se encontrava na lista de compras nem de afazeres, você encontra o homem com o qual passará todos os dias de sua vida em diante. O amor sempre é assim, tão imprevisível.

12 de junho de 2010

Esquecer.

Ela vai se esquecer do dia que se conheceram. Ela vai se esquecer da letra da música de vocês. Ela vai se esquecer das brigas que vocês tiveram. Ela vai se esquecer do motivo pelo qual te amava. Ela vai se esquecer dos presentes que você deu a ela. Ela vai se esquecer de cada palavra que foi pronunciada. Ela vai se esquecer das loucuras que fizeram. Ela vai se esquecer dos sonhos que realizaram. Ela vai se esquecer do seu número. Ela vai se esquecer do porque da mágoa. Ela vai se esquecer do gosto do seu beijo. Ela vai se esquecer do jeito que você a fazia sorrir. Ela vai se esquecer dos filmes que assistiram. Ela vai se esquecer dos arrepios. Ela vai se esquecer do brilho do seu olhar. Ela vai se esquecer de como vocês planejavam o futuro. Ela vai se esquecer do pedido de casamento. Ela vai se esquecer das estrelas que você colocou no céu. Ela vai se esquecer das inúmeras promessas. Ela vai se esquecer dos dias e das noites que foram de vocês. Ela vai se esquecer do início, meio e fim. Mas ela jamais vai se esquecer do que você a fez sentir.

Quero.

Quero falar-te sobre como suas palavras soam doce aos meus ouvidos. De como você mordisca o lábio inferior toda vez que está ansioso. E da sua mania de mexer nos cabelos quando fica nervoso. Quero contar-te do brilho que os seus olhos ganham quando você está feliz e da lágrima oculta que os preenchem quando você fica triste. Quero dizer-te que a sua face gentil quando dormes me fascina. Que a sua voz desafinada transformou a nossa música em nossa. Que a repetição de palavras quando está irritado me faz rir. E que o seu perfume me faz cócegas nos lábios. Quero sussurrar-te que o seu beijo me traz arrepios. E que o teu jeito de me amar é o melhor. Quero gritar-te sobre como sinto falta do seu jeito desarrumado quando não dorme aqui. Sobre a forma maravilhosa que os seus bilhetes de amor espalhados pela casa me fazem flutuar. Quero declarar-te que são esses detalhes seus que fazem o meu coração dizer a cada pulsar que te amará para sempre.

11 de junho de 2010

Sussurros.

Chegou sorrateiro com um sorriso no olhar que me fascinava e envolvia. Sussurrou em meu ouvido palavras doces, como quem acaricia. E então eu me perdi nelas. A intensidade que possuíam me entorpeceu, me elevou. Continuaram em mim, passearam pelo meu corpo, me arrepiaram a pele e se instalaram em cada parte de mim. Ele banhou o timbre em afeto e colocou sorriso nas letras de tal forma que me desfez em segundos. Fiz-me de suspiros, com aquele ar de quero mais, de encanto e de entrega. Meus lábios se contraíram, involuntariamente, em um sorriso bobo a você. Fechei os olhos fugindo dos seus olhares que liam em minha alma o quanto suas palavras tinham me abalado. O quão rápido as barreiras contra o amor que existiam em mim caíram. Pois a verdade é que você não sussurrou no meu ouvido, mas sim no meu coração.

10 de junho de 2010

Por onde você tem andado?.

Se eu te perguntar o que está acontecendo você me dará palavras sinceras? Pois você anda tão distante que sinto como se não te conhecesse mais. Queria te contar sobre seu sorriso e a falta tão grande que ele esta fazendo, que minhas palavras não sabem descrever o quanto me dói vive-los somente na lembrança. Queria questionar a substituição do ‘eu te amo muito’ caloroso por uma indiferença devastadora quando declaro a intensidade de meus sentimentos. E eu queria te pedir um abraço, pois a segurança que você me passava nunca se fez tão ausente. Não sei por que ou como surgiram esses metros ou até quilômetros frios entre nós. Mas eu sei que machuca te procurar e só te encontrar em lembranças e sonhos. O meu peito estremece ao ver aonde chegamos e eu tento prender o que a dor insiste em fazer meus olhos derramarem. E o vazio que sua ausência deixa quando olho as estrelas faz com que eu desmorone pouco a pouco. Mas aqui dentro de mim ainda existe aquele amor puro e eterno que eu senti por você no primeiro olhar e eu, esperançosa, desejo mais que tudo que também exista dentro de você.

Morto-vivo

Não fazia sentido. As estrelas não brilhavam. O céu escurecia. O pulmão não respirava. A solidão se agarrava a cada parte deste corpo vazio. O coração não batia. A chuva inundava a alma. O abraço já não era mais sentido. Nem as palavras pronunciadas. Tudo estava frio. Preso no mundo daqueles que ainda estavam vivos, ele se encolhia em um canto qualquer e espera o tempo vir buscá-lo. Embora não fosse digno de ser dito vivo, ele respirava, via, ouvia e sentia. Mas os seus sentidos se focavam apenas na dor. Na dor de um amor tão vivo que o fazia morrer.

Ironia do destino.

Jurei que não te escreveria. Mas a confusão inquieta em meu peito necessitava sair, nem que em poucas palavras, as quais você nunca leria ou saberia da existência. Eu precisava questionar ou até ironizar o que o destino fez com nós dois. É tão estranho que nunca tenhamos nos apaixonado, mas que quando, por fim, o amor resolveu preencher o nosso peito tenha sido no mesmo momento. Porém de tal forma tão maquiavélica que chegou a ser um tanto engraçado. Para quem estava de fora, é válido ressaltar, pois quando se é machucado se torna mais difícil sorrir. Então eu me apaixonei por você e você se apaixonou por aquela lá. Digo “aquela lá” com todo o desdém que a expressão traz, pois sinto raiva e até inveja por ela ter roubado o seu amor de mim. Mas como nada pude fazer ao ver tua felicidade boba de apaixonado de primeira viagem, sufoquei meus sentimentos e os escondi em um lugar perdido, mas que sempre era visitado, no meu coração. Continuei tua amiga e sofri com cada confidência que você me fazia sobre ela e sobre vocês dois. Fui teu ombro, mas com um desejo voraz de ser tuas pernas, teus braços e principalmente teu coração. Com o tempo a dor foi me fazendo esquecer onde eu havia escondido o amor e as visitas aquele lugar perdido foram diminuindo até que se extinguiram. Então você deixou de amar quem você amava e me confessou em uma noite de conversas jogadas fora que o seu coração havia se apaixonado pelo meu. Eu chorei, briguei com a vida e descontei em você todo o ressentimento que a dor de ter te amado havia guardado em mim. Feridos, você foi seguir o seu caminho e eu fui seguir o meu. Hoje, tantas luas depois, encontro seu sorriso perdido numa praça qualquer e me flagro tentando convencer a minha mente que vale a pena resgatar a nossa história de amor, que há tanto o destino nos roubou.

Não se tornou amor.

Então é isso. Apenas mais uma história triste. Sobre um amor tão curto que nem ao menos se tornou amor. Tão breve como uma brisa de verão e maravilhosa como tal. Traz aos olhos estrelas cintilantes que ao percorrerem a face deixam marcas de dor pelo o que não nasceu, pelo o que não nascerá. E então se deita em sonhos, em forma de desejo dilacerado por tudo que não se tornou real. E espera que o tempo venha e apague. Pois a dor te tornou covarde demais para se levantar mais uma vez e lutar para transformar em realidade. Então se esconde atrás de palavras amarguradas e promessas quebradas que nunca mais irá se apaixonar. Coloca a culpa no destino ao invés de admitir que foi seu próprio medo que te impediu de pular, de se permitir amar.

3 de junho de 2010

Química de pele.

Rasguei tua roupa, tua pele e teu desejo em um simples olhar que penetrou seu íntimo. Era clara a sensação de calor vindo, como uma onda que me arrasta, me envolve, me domina e me afoga. Desejei-te com cada detalhe, com cada parte, com um desejo incontrolável que transbordou por entre as palavras silenciosas que preencheram minha mente. Não adiantaria desviar o olhar, apenas iria me instigar e me desafiar a lhe tomar por completo em uma conquista digna de aplausos. Quis teu corpo junto ao meu, sentir o calor que este irradiaria e que me aqueceria como pimenta ardente, como dose de tequila, como paixão que queima em meio ao frio do inverno. Imaginei teus lábios tomarem os meus em um beijo enlouquecedor, em movimentos que me invadiam e me tornavam tua e somente tua. Tive em mente o timbre de sua voz ao pé do meu ouvido me elevando a lugares que nunca conheci. Pude sentir seus dedos percorrerem as minhas costas trazendo arrepios em lugares inimagináveis. Sonhei com roupas jogadas no chão de certeza de uma noite sem fim.

dedico à K&V.

Anjo da noite. III

Quando ela acordou ao amanhecer não reconhecia o lugar à primeira vista. O relógio de pulso havia parado, não sabia há quanto tempo registrava onze e meia da noite. Olhou novamente à sua volta e reconheceu a tranqüilidade e o calor transmitido pelas paredes. Vieram então as memórias embaçadas de uma noite de dor. Levantou-se e seguiu o corredor. Acabou indo parar numa cozinha. O homem desconhecido estava preparando omelete no fogão, então lembrou-se que seu nome era Lucas. Ele notou a presença dela e se virou. Ela perguntou se ele iria lhe fazer mal. Ele disse que não. Ela, desconfiada, questionou como ele sabia que não. Ele respondeu com um timbre terno que não lhe queria o mal. Com o coração na defensiva ela disse: - Ninguém nunca quer. Ele continuou a fazer a omelete e pediu para que ela se sentasse. Ela obedeceu. Ainda dolorida pelas bofetadas recebidas do amor que um dia, por ela, foi tão desejado, buscou algo com que pudesse se distrair. Lembrar não iria mudar e as lágrimas não iriam apagar, o melhor seria esquecer. Um livro com o título “Anjo da Noite” em prata num fundo azul lhe chamou a atenção. Ele descansava meio aberto na mesa e os olhos dela se esforçaram para ler a última frase da página. A frase a trouxe um sorriso aos lábios, este que há tempo se recusava a aparecer.

(continua...)

Perdido, ele vaga.

Há muito que a minha mente voa sem destino e que meu coração, cansado e ainda machucado, tenta se re-encontra. Foram tantas as quedas, os pulos de penhascos, tantos cacos que ele ainda não achou todos os que se perderam. Nas esquinas de noite sem lua se torna quase impossível ele enxergar para onde ir, ele acaba tropeçando e se perdendo de novo. Então está busca quase infinita para se encontrar o desgasta e o cansa, mantém estas feridas abertas e as poucas que se fecharam deixam cicatrizes que sempre o lembram do quanto sofreu. Por isso meu bem, eu evito, eu hesito te amar. Como posso me entregar de novo se em meio segundo posso tropeçar em uma nova esquina. Não é covardia, é cautela. É não saber se terei um pára-quedas se me arriscar a pular deste penhasco mais uma vez, e se não tiver, não saber se sobreviverei após outra queda. O amor tem disso. Faz-te andar por entre ruas escuras, cheias de dor, até que aches a luz. E esta luz eu ainda não vi. Talvez eu ande de olhos fechados ou não mereça amar.

Ele, ela & um show.

A música alta tomava a multidão em animação ardente e movimentos que a acompanhavam. Todos os olhares se direcionavam ao palco e aos produtores da melodia envolvente. Mas por algum motivo os olhares de certo rapaz e certa moça se cruzaram. Ela estava desacreditada no amor e ele nunca havia acreditado. Ela corou com o olhar penetrante dele e ele sorriu. Desviaram o olhar voltando-o para o palco, mas a música não os envolvia mais. A mente dela focava o sorriso dele e a mente dele focava as bochechas coradas dela. Eles lutavam contra a batida incerta de seus corações. Ele se aproximou dela, desistindo de lutar, e de forma sorrateira lhe perguntou as horas. O coração dela acelerou em um ritmo descompassado. Ele repetiu a pergunta pensando que ela não tinha ouvido pela música alta. Ela respirou fundo e respondeu. Ele a convidou para ir para um lugar mais calmo, para conversarem. Ela hesitou. Perguntou para onde iriam. Ele disse que era perto e sorriu. Era notório que com ela, ele já havia sorrido mais do que na semana inteira. Ela corou mais uma vez. Ele pegou a mão dela e juntos saíram dali. Foram para um gramado atrás da casa de show. Eles se apresentaram. Ele se chamava Gabriel, adorava esportes, cursava faculdade de jornalismo e trabalhava como colunista em um jornal. Tinha um sorriso que tirava o fôlego dela, um olhar que a conquistava e palavras que a envolviam. Ela se chamava Marina, tinha um coração dolorido por desilusões, cursava faculdade de administração e trabalhava como dogwalker. Tinha uma timidez que o encantava, um olhar que o fascinava e as bochechas coradas mais lindas que ele já tinha visto. Permaneceram ali, mesmo depois do fim do show, conversando até o nascer do sol. Depois ele a deixou em casa, com o coração apertado por se separar dela e um sorriso apaixonado na frase: - Te pego às oito.

Anjo da noite. II

Ela olhava à sua volta e encontrava um lugar que estranhamente lhe transmitia tranqüilidade. As paredes eram brancas com exceção de uma que havia sido pintada com tinta areia na cor laranja. Transmitia-lhe calor, aconchego e até, talvez, segurança. O homem desconhecido atravessava a porta e trazia consigo uma toalha azul e roupas masculinas secas. Desculpava-se por não ter roupas menores, mas insistia para que ela as usasse já que a dela estava encharcada. Em seguida saiu pela porta e atravessou o corredor voltando depois que ela estava com as novas vestimentas, trazendo nas mãos duas xícaras de chocolate quente. Ofereceu uma à ela, que aceitou. As palavras recuperaram o lugar antes cedido aos soluços e lágrimas. Agradeceu tímida, em um quase sussurro. Ele sorriu e se apresentou. Seu nome era Lucas. Ela disse que se chamava Luana. Com o nome vieram as lembranças. Lembranças de quem ela era, do que ela viveu, do quanto sofreu e sofria. Tentou guardar as lágrimas, sem sucesso. Sentiu o peito estremecer novamente. Ele sentiu o desespero dela e segurou a sua mão. Ela olhou para ele surpresa. Ele disse: - Vai ficar tudo bem. O coração dela ainda se encontrava esmagado, ferido e abandonado, mas agora ela havia achado o mínimo de força para tentar concertá-lo.

(continua...)

2 de junho de 2010

Anjo da noite. I

Ela gritava com ele em silêncio. Discutia, berrava e por fim chorava por tudo que ele havia lhe causado. Estava além de cansada deste coração independente que mais uma vez lhe fazia sofrer por amar quem não devia, quem não merecia. Suas pernas já não lhe sustentavam mais. Sentou-se, então, na beira da estrada com o vestido de festa molhado por lágrimas que viam de dentro e de fora. Abraçou os joelhos e abaixou a cabeça se curvando em um círculo de dor sem fim. A noite a engoliu. Aquele amor de livros de romance que tanto havia lindo não fez jus as suas características. O final feliz não se fez presente. No meio daquela escuridão uma luz forte a encontrou e a fez levantar a cabeça se desfazendo do círculo, porém não da dor. Era o farol de um carro que agora parava ao seu lado e cuspia um homem. Ele se aproximou dela e perguntou o que havia acontecido. As palavras cediam o lugar aos soluços e lágrimas intermináveis. Ele se ofereceu para levá-la para casa, mas este caminho era desconhecido por ambos, já que ele era um estranho e ela era invadida por um sofrer que abreviava seus pensamentos. Então ele se ofereceu para cuidar dela. Ela não hesitou. Nada poderia ser pior que este buraco negro que a sugava rapidamente. Os dois entraram no carro e o motor fez se ouvir. O homem se virou para ela mais uma vez e disse: - Eu vou cuidar de você. Com um último fio tênue de esperança ela se agarrou a aquela promessa e se fez acreditar em cada palavra.

(continua...)

Preto ou branco.

Eu não sei amar pela metade, me doar pouco e contar meias verdades. Ou é preto ou é branco. Não sei viver no cinza. O meio termo não faz parte de mim. Então quando digo que te amo, acredite. Acredite que te amo por inteiro. De corpo e alma. Sem restrição. Sendo assim lhe peço que se for me amar, me ame assim também, inteiramente. Se for para me amar um pouco, não me ame. Da mesma forma que não sei lhe dar um terço de amor, não sei receber migalhas. Entenda que não é desdém tampouco pouco caso. Eu simplesmente não aceito metades, de você ou de qualquer um. Meu coração exige que preencham as suas lacunas e um pouco não preenche nada. Então me ame intensamente, eloqüentemente e inteiramente. Acabe com este vazio que há em meu peito e com essa metade que somos separados. Faça de nós dois um só, completos.

1 de junho de 2010

Amar.

Eu não sei explicar o que aconteceu, mas como num filme de Hollywood, quando eu estava com você a pouco, e os seus lábios me elevaram ao paraíso, foi como seu eu abandonasse o meu corpo e assistisse aquela cena de fora. Vendo aquele beijo eu senti inveja de mim mesma, que no momento não parecia ser eu. Aquele amor tão doce e puro que hoje em dia é tão raro me fez querê-lo para mim. Você a beijava com tanto carinho, com tanta apreciação que eu quis roubar-te dela. Mas então eu voltei a mim e notei que ela era eu e me fiz de felicidades ao perceber que você era meu e aquele amor invejável era o nosso. Talvez essa seja a explicação mais breve que eu possa te dar para aquele ‘eu te amo’ que te disse e jurei que nunca iria dizer para alguém. A verdade é que eu nunca imaginei que amar seria tão intenso e inexplicável, que seria uma explosão de tantos sentimentos como quando eu olho para você. Muito menos que ele iria me dominar por completa e entregar meu coração sem ao menos me avisar. Que seria tão maravilhoso que me faria feliz em ouvir de volta aquelas três palavrinhas.

A minha mente sempre vai além.

Meu coração me machuca com esse pulsar desconcertante quando você se aproxima nessas manhãs vazias e as preenche com um encantador ‘oi’ e aquele meio sorriso. Você se senta ao meu lado e brinca com o meu cabelo. Eu tiro o seu boné, para implicar com você e sentir os seus braços me envolverem na tentativa de recuperá-lo. Rimos juntos do quanto tempo ficamos separados e do desperdício que foram as noites solitárias que tivemos todo esse tempo. Sinto-me imensamente feliz em sentir a certeza em suas palavras que elas não voltarão. Então eu me encanto com o brilho do seu sorriso e digo-lhe que não sei como sobrevivi tanto tempo sem tê-lo. Você se aproxima e sussurra em meu ouvido que é você que não sabe como sobreviveu tanto tempo sem sorri, já que o motivo de seus sorrisos sou eu. Nossos lábios se encontram e o meu corpo estremece com o calor do seu. Abraço-te apertando os olhos, sentindo intensamente a segurança que cada segundo nesse paraíso me proporciona. Então os abro voltando para o que é real e desejando com toda a minha alma que a realidade não tivesse ido somente até o encantador ‘oi’ e aquele meio sorriso.

O amor vai além.

Então me diga o que você quer ouvir. Se a minha verdade não te preenche talvez minhas mentiras consigam. Porque quando você me olha desse jeito a sua desconfiança me desaba e eu não tenho onde me apoiar. O nosso amor não deveria ser assim, mas talvez nem amor seja. Devíamos confiar um no outro, mas agora percebo que, desde o início, isso só funcionou para mim. O meu coração sempre esteve aberto para suas palavras, acreditando em cada uma e se agarrando a cada promessa. Agora ele esta em pedaços vendo que suas palavras e promessas eram repletas de ausência de sinceridade e eu sinto na alma a dor de não conseguir mais continuar. Devíamos ficar juntos para sempre, mas talvez isso sempre tenha sido fantasia. Eu obrigarei meus pés irem um após o outro, sem destino, sem parar. Mas a porta eu deixarei aberta, caso um dia o seu coração descubra que o amor vai muito além de palavras quebradas e noites vazias.

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