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28 de junho de 2010

Não mais tão meu.

Eu não sabia, nem se quer havia imaginado. Fixei tanto os meus pensamentos no que seria melhor no agora que me esqueci do futuro breve, este que se fez tão conciso que me doeu mais. Não quis me envolver, te envolver, nos envolver. Quis evitar um sofrer tanto meu quanto teu. Então te fiz ir e você se foi. Pensei, assim, que não haveria chuva em corações destruídos e que estilhaços não se fariam presentes. Entretanto meus pensamentos passaram longe do real. Você manteve seu peito intacto, talvez com um arranhão, no máximo. Seguiu novos horizontes, se apaixonou. E eu, me desfiz em milhares. Mais que chuva, meu coração devastado envolveu a tempestade d’alma. Ver-te amar outro alguém não se encontrava em minhas previsões mal feitas, não me preveniram. E me doeu além de palavras, além do que meu corpo supusera suportar. Senti teus braços me envolverem em uma segurança desmedida e em um segundo perdi-o junto o chão que desapareceu de repente. Teus abraços agora já não eram mais meus, assim como teu sorriso, olhar, palavras, amor. Mas eu, involuntariamente, permanecia tua, através de cada pensamento e desejo que se limitavam ao meu peito. E, tão contraditoriamente, eu havia te perdido ao mesmo tempo em que te tinha tão meu nessas gotas salgadas que percorriam lentamente uma face sem sorriso.

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