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10 de junho de 2010

Morto-vivo

Não fazia sentido. As estrelas não brilhavam. O céu escurecia. O pulmão não respirava. A solidão se agarrava a cada parte deste corpo vazio. O coração não batia. A chuva inundava a alma. O abraço já não era mais sentido. Nem as palavras pronunciadas. Tudo estava frio. Preso no mundo daqueles que ainda estavam vivos, ele se encolhia em um canto qualquer e espera o tempo vir buscá-lo. Embora não fosse digno de ser dito vivo, ele respirava, via, ouvia e sentia. Mas os seus sentidos se focavam apenas na dor. Na dor de um amor tão vivo que o fazia morrer.

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