Foi numa tarde de inverno e eu vestia o seu casaco para me aquecer. Jogávamos conversa fora e não sentíamos o tempo passar. Então o silêncio envolveu o momento tornando-o nosso. Seu olhar invasor penetrou os meus olhos e me deixou vermelha. Você sorriu e eu te sorri de volta. Nesse momento senti que meus sorrisos não eram os mesmos sem você e me dei conta da intensidade que tudo isso significava. Eu estava apaixonada por você. Lá íamos nós outra vez: eu, meu coração e um destino tão certo de incertezas. Tonteei. Pude imaginar a dor que sentiria quando nada fosse da forma que eu sonhei, neste mesmo segundo, para nós e pude desejar nunca ter te conhecido, pois agora eu já não sabia mais como viver sem você. Mas, então, surgiu aquele pensamento inocente, bobo e apaixonado, e aquela sensação de amor invadindo meu coração enquanto me fazia flutuar, que diziam em coro que todas as lágrimas e todo sofrer valeriam a pena no final. E eu acreditei, mesmo tendo jurado que não acreditaria novamente nesse amor mentiroso e irreal, e te sorri mais uma vez com aquela cara de boba, de apaixonada.
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