“No meio da profunda escuridão daquela noite onde a lua se recusou a aparecer, o anjo veio e a envolveu nos braços afastando toda a dor.” Alguns meses depois, envolvida pelos braços do seu anjo, Luana trazia a mente a frase daquele livro. E aquele sorriso que surgiu timidamente depois de tanto tempo se fez transparente, havia sido o início. Ela havia demorado algum tempo para perceber que o olhar de Lucas era o que lhe fazia flutuar em meio tanta desilusão, mas quando o coração a tomou em um ritmo descompassado que dançava junto ao dele, se tornou impossível não ver que ele sempre havia sido o anjo. Ele a completava de tal forma que a dor que a preencheu naquela noite cedia o lugar à felicidade jamais imaginada. Na profundeza daqueles olhos hipnotizantes, ela encontrou o caminho, o silêncio que a alma buscava e a paz de um amor puro e adverso das turbulências que a paixão causava. Depois de tanto andar perdida e sem rumo, ela encontrou um lar, um lugar aconchegante no qual podia repousar o coração. Fazia assim, do peito dele moradia sem pressa, sem prazo para se mudar. Vivia junto a ele uma felicidade eterna em corações, almas e realidade.
( Fim. )
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