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21 de junho de 2010

Nada mais.

No fim meu coração ainda pulsava de amores por ti, ainda sentia aquela necessidade de ouvir o timbre da sua voz e sentir o toque da sua pele macia. Mas por algum motivo, que desconheço, você veio como um furacão e pôs todo aquele amor puro em baixo de escombros. Machucou-me o peito, o corpo inteiro, a alma. Trouxe-me lágrimas doídas e um sofrer de deixar marcas, cicatrizes. Havia lhe confiado o coração e você o devastou com sentimentos amargurados, que nunca desejei sentir. Então privei meus olhos de sua face e meus lábios de seu nome. Segui outra estrada onde só havia espaço para mim e para o tempo, este que fez jus a sua fama. Ao longo dos minutos incontáveis os sentimentos se libertaram da dor trazida pelos escombros e por fim viram a luz que a tanto se fazia ausente. Entretanto depois de tantas cicatrizes eles se viam mudados. Aquele amor que transbordava no olhar se encontrava em forma de carinho e afeto que se sustentavam na linha da razão. E era somente isso que meu peito desejava sentir, nada mais.

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