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6 de julho de 2010

A chave.

Fiz-me de uma necessidade tão grande de saber sobre você, sobre seus dias, sobre seu bem estar. Meus olhos mantinham um deserto e minha garganta uma indiferença ao mencionar teu nome. Já me via neutra em relação ao te encontrar, sem risco de desabamentos quero dizer, pois neutra mesmo eu nunca fui e sinto que jamais poderei ser quando se tratar de você. Os sentimentos insistem em fazer festa em mim, entretanto não me bagunçam mais. Atrevo-me até dizer que minha maturidade de hoje me permite organizar a confusão. Concedo-me então saber de ti, dar espaço a esse desejo que há muito se faz inquilino do meu peito. A lua dos seus olhos me fez falta, principalmente em noites chuvosas, mas aprendi a andar com a luz das estrelas. Talvez agora dê certo com tudo estando em seu devido lugar. Você deixou de ser necessário e se tornou um querer, indispensável, enquanto me fizer feliz. E talvez essa sempre tenha sido a chave.

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