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9 de julho de 2010

Duas palavras.

Deixo a taça de vinho cair no tapete branco formando uma mancha vermelho intenso similar a cor sangue. Sinto o peito transbordar, o coração em cacos, a alma desfalecida. Desmorono ao lado do vinho que escorre pela sala, assim como a vida que escorre pelos meus dedos. Busco alguma razão em meus pensamentos, entretanto o nome dele preenche minha mente por completo. O telefone ainda traz uma voz preocupada, chamando meu nome, mas as palavras fugiram de meus lábios. Não sei como responder. Permaneço envolvida pelo silêncio e destruída por um vazio que me tomou a alma. Nunca havia pensando no poder que as palavras possuem, entretanto agora o corpo padecia por apenas duas. A escuridão penetrava a sala através da janela e me acolhia em seus braços frios enquanto me trazia chuva. Ela já havia me visitado antes, mas agora era diferente. Eu sabia que não haveria uma manhã ensolarada que trouxesse luz e me devolvesse o sorriso, pois a voz preocupada no telefone tinha dito: “ele morreu” e eu senti ter morrido junto.

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