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6 de julho de 2010

Daqui até a eternidade.

Ela lutou contra o peso de suas pálpebras cansadas e não se permitiu fechar os olhos mesmo que por um segundo. Fitou cada movimento dele, cada piscar daqueles olhos cor de céu. Apaixonava-se mais a cada expressão inusitada, as mesmas que seriam lembradas em todas as noites que ele não se fizesse presente. Guardava cada palavra, cada gesto, cada olhar em memórias do peito. E quando ele repousou sua mão quente em sua face há muito fria, fez com que o peito dela estremecesse. A chama a pouco nascida sempre faz o coração agir assim: palpitar forte, acelerado. Ela não protestou, deixou então que esse ritmo os embalasse. Já fazia tempo que tinha aberto os braços e acolhido o amor. – Vai ser para sempre? Ela disse encarando o nada enquanto se fazia incapaz de encarar aquele céu. – Duvido muito. Levando em conta a forma com a qual esses sentimentos me dominaram, acredito que vá além. Ele respondeu enquanto seus dedos levavam caricias à face dela. Os olhares se encontraram e os lábios se uniram fazendo com que sentissem o estômago esquisito e o coração quase escapar pela boca.

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