Ele vem calmo, belo e com o semblante gentil lhe dizendo que não lhe fará mal. Envolve-lhe com palavras sedutoras e num ritmo acelerado muda sua vida. Você acredita na beleza que vê, se rende as promessas e entrega o coração. Então ele te faz caminhar numa corda bamba de felicidade e dor. Traz-lhe lágrimas e sorrisos. Rosas com espinhos. Faz-lhe perder o equilíbrio e cair em um precipício sem fim. Você se perde, então, em uma solidão asfixiante e o coração se rompe em mil fragmentos. Você sente a esperança escapar por entre os dedos. Vê-se em um túnel escuro. Mas de repente surge uma luz vinda de olhos cheios de novas antigas promessas e num surto de esperança você esquece a dor e acredita que os fragmentos perdidos podem ser encontrados. Nasce aquele desejo insaciável por mais e mais amor. E você mergulha mais uma vez no sedutor sentimento acreditando que não vai mais se afogar. Contudo o amor é uma gota que pode fazer uma tempestade.
“E o que eu sinto é o tal do amor. Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre do teu rosto.”
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