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16 de julho de 2010

Nós, eu e você.

Sem data exata tivemos um começo eterno. Completamo-nos como nenhum outro um dia poderia nos completar. Houve então uma ligação única, sincera e terna chamada por muitos de amor, entretanto sabíamos que ia muito além. Nasceram aqueles sorrisos verdadeiros, a felicidade no olhar, a explosão de mil sentimentos, a inexistência de tudo quando juntos, o abraço de parar o mundo, os momentos convertidos em lembranças jamais apagadas, as palavras relembradas segundos antes de dormir, a razão irracional. E até então tudo se tratava da terceira pessoa do plural, até então se tratava do plural e sem que se notasse este se extinguiu. O brilho no olhar, o sorriso, a felicidade, a preocupação, os sentimentos, os momentos não deixaram de existir, permaneceram, mas presente apenas na primeira pessoa do singular. Surgiu um eu e um você, e eu não sabia quando ou por que, porém eles estavam lá. Um eu tão ferido quanto um você desconhecido, tão diferentes quanto já tinham sido iguais, mas uma semelhança se fazia clara entre os dois: eram aparentemente inalteráveis. Os caminhos opostos que antes eram invisíveis se tornaram mais palpáveis ao passar dos dias. Novas estradas passaram a ser consideradas a trilhar. E se fez necessário esclarecer que por mais que fosse eu quem estava indo embora, era você quem estava deixando que eu fosse.

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